Descrição
TARCEVA 25 MG 30 COMPRIMIDOS – ROCHE
Laboratório
Roche
Apresentação de Tarceva
Comprimidos revestidos. Uso oral. Caixa com 30 comprimidos de 25, 100 e 150 mg.
Tarceva – Indicações
Tarceva (cloridrato de erlotinibe) está indicado para o tratamento de pacientes com câncer de pulmão de não-pequenas células (CPNPC), localmente avançado ou metastático (estadios IIIb e IV), após a falha de pelo menos um esquema quimioterápico prévio.
Contra-indicações de Tarceva
Tarceva (cloridrato de erlotinibe) está contra-indicado em pacientes com hipersensibilidade severa ao erlotinibe ou a qualquer componente da fórmula do produto.
Advertências
Tarceva (cloridrato de erlotinibe) tem potencial para interações entre drogas clinicamente significativas (vide item Interações Medicamentosas). Doença Pulmonar Intersticial: Casos de eventos tipo doença pulmonar intersticial (DPI), incluindo óbitos, foram relatados de forma incomum em pacientes recebendo Tarceva (cloridrato de erlotinibe) para o tratamento do CPNPC, ou outros tumores sólidos avançados. No estudo de referência BR21 em CPNPC, a incidência de eventos tipo DPI foi de 0,8% em cada um dos braços, placebo e Tarceva (cloridrato de erlotinibe). A incidência total em pacientes tratados com Tarceva (cloridrato de erlotinibe) em todos os estudos (incluindo estudos não controlados e estudos com quimioterapia concomitante) é de aproximadamente 0,6%. Alguns exemplos de diagnósticos descritos em pacientes com suspeita de eventos tipo DPI incluem pneumonite, pneumonite por radiação, pneumonite por hipersensibilidade, pneumonia intersticial, doença pulmonar intersticial, bronquiolite obliterante, fibrose pulmonar, Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo, infiltrado pulmonar e alveolite. Estes eventos tipo DPI começaram a partir de poucos dias a vários meses após o início da terapia com Tarceva (cloridrato de erlotinibe). A maioria dos casos foi associada com fatores de confusão ou contribuintes como quimioterapia concomitante ou prévia, radioterapia prévia, doença pulmonar parenquimatosa preexistente, doença pulmonar metastática ou infecções pulmonares. Em pacientes que desenvolvem início agudo de sintomas pulmonares inexplicados, novos e/ou progressivos, como dispnéia, tosse e febre, a terapia com Tarceva (cloridrato de erlotinibe) deve ser interrompida e deve-se aguardar avaliação diagnóstica. Em caso de diagnóstico de DPI, Tarceva (cloridrato de erlotinibe) deve ser interrompido e iniciado tratamento apropriado se necessário (vide item Reações Adversas). Diarréia, Desidratação, Desbalanço Eletrolítico e Insuficiência Renal: Ocorreu diarréia em pacientes recebendo Tarceva (cloridrato de erlotinibe) e diarréia moderada ou severa deve ser tratada com loperamida. Em alguns casos pode ser necessária a redução da dose. Em caso de diarréia severa ou persistente, náusea, anorexia ou vômitos associados à desidratação, o tratamento com Tarceva (cloridrato de erlotinibe) deve ser interrompido e as medidas apropriadas devem ser instituídas para tratar a desidratação (vide item Reações Adversas). Houve poucos relatos de hipocalemia e insuficiência renal secundária (incluindo fatalidades). Alguns relatos de insuficiência renal foram secundários a desidratação severa devido à diarréia, vômito e/ou anorexia, enquanto outros foram confundidos pelo uso de quimioterapia concomitante. Em casos de diarréia severa ou persistente, que levam a desidratação, particularmente em grupos de pacientes com fatores de risco agravantes (medicamentos concomitantes, sintomas ou outras condições predispostas incluindo idade avançada), a terapia de Tarceva (cloridrato de erlotinibe) deve ser interrompida e medidas apropriadas devem ser tomadas para rehidratação intravenosa intensiva dos pacientes. Além do mais, função renal e exames laboratoriais incluindo potássio devem ser monitorados em pacientes com risco de desidratação. Este medicamento não foi testado em pacientes com metástases cerebrais sintomáticas, e portanto sua eficácia é desconhecida neste grupo de pacientes. Hepatite, insuficiência hepática: Casos raros de insuficiência hepática (incluindo fatalidades) foram relatados durante o uso de Tarceva (cloridrato de erlotinibe). Fatores confundidores estavam presentes, como doença hepática pré-existente ou medicação hepatotóxica concomitante. Assim, nestes pacientes, testes periódicos de função do fígado devem ser considerados. A dosagem de Tarceva (cloridrato de erlotinibe) deve ser interrompida se ocorrerem mudanças severas na função hepática (vide item Reações adversas).
Uso na gravidez de Tarceva
Categoria de risco na gravidez: C: Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas ou que possam ficar grávidas durante o tratamento, ou por mulheres que estejam amamentando. Gestação: Não existem estudos adequados ou bem controlados em gestantes usando Tarceva (cloridrato de erlotinibe). Estudos em animais mostraram alguma toxicidade reprodutiva (vide item Segurança Pré-clínica). O potencial risco para o homem é ignorado. Mulheres com possibilidade de gravidez devem ser alertadas para evitar a gravidez enquanto usam Tarceva (cloridrato de erlotinibe). Métodos contraceptivos adequados devem ser usados durante a terapia e durante pelo menos 2 semanas depois de completar a terapia. O tratamento deve ser mantido em gestantes se o potencial benefício para a mãe superar o risco para o feto. Lactação: Não se sabe se o erlotinibe é excretado no leite humano. Por causa do potencial perigo para a criança, as mães devem ser orientadas a não amamentar enquanto recebem Tarceva (cloridrato de erlotinibe). Efeitos sobre a capacidade de dirigir e operar máquinas Não foram realizados estudos dos efeitos sobre a capacidade de dirigir ou usar máquinas; no entanto, o erlotinibe não está associado com comprometimento da motricidade ou coordenação.
Interações medicamentosas de Tarceva
Erlotinibe é metabolizado no fígado, através dos citocromos hepáticos, principalmente CYP3A4 e, em menor extensão, CYP1A2 e a isoforma pulmonar CYP1A1. Potenciais interações podem ocorrer com drogas que são metabolizadas por ou são inibidores ou indutores dessas enzimas. Inibidores potentes de atividade de CYP3A4 reduzem o metabolismo de erlotinibe e aumentam as concentrações plasmáticas de erlotinibe. A inibição do metabolismo de CYP3A4 pelo cetoconazol (200 mg VO 2x/d durante 5 dias) resultou em exposição aumentada ao erlotinibe (86% em exposição mediana ao erlotinibe [AUC]) e um aumento de 69% em Cmax quando comparado com erlotinibe apenas. Quando Tarceva (cloridrato de erlotinibe) foi co-administrado com ciprofloxacino, um inibidor de CYP3A4 e CYP1A2, a exposição do erlotinibe (AUC) e a concentração máxima (Cmax) aumentaram em aproximadamente 39% e 17%, respectivamente. Portanto, deve-se ter cuidado ao administrar Tarceva (cloridrato de erlotinibe) com inibidores potentes de CYP3A4 ou CYP3A4/CYP1A2 combinados. Nessas situações, a dose de Tarceva (cloridrato de erlotinibe) deve ser reduzida se for observada toxicidade. Indutores potentes de atividade de CYP3A4 aumentam o metabolismo de erlotinibe e reduzem significativamente as concentrações plasmáticas de erlotinibe. A indução do metabolismo de CYP3A4 pela rifampicina (600 mg VO 1x/d durante 7 dias) resultou em redução de 69% na AUC mediana de erlotinibe, após uma dose de 150 mg de Tarceva (cloridrato de erlotinibe), em comparação com Tarceva (cloridrato de erlotinibe) isolado. Pré-tratamento e co-administração de rifampicina com uma dose única de 450 mg de Tarceva (cloridrato de erlotinibe) resultou em uma exposição média do cloridrato de erlotinibe (AUC) de 57,5% daquela após uma dose única de 150 mg de Tarceva (cloridrato de erlotinibe) na ausência do tratamento com rifampicina. Tratamentos alternativos com ausência de medicamentos com atividade indutora potente de CYP3A4 devem ser considerados, quando possível. Para pacientes que requerem tratamento concomitante de Tarceva (cloridrato de erlotinibe) com um indutor potente da CYP3A4, tais como a rifampicina, deve-se considerar um aumento para 300 mg na dose, com monitoramento rigoroso da segurança e, se bem tolerado,
Reações adversas / Efeitos colaterais de Tarceva
Experiência de estudos clínicos Em um estudo duplo-cego randomizado (BR.21) conduzido em 17 países, 731 pacientes com CPNPC localmente avançado ou metastático após falha de pelo menos um esquema quimioterápico prévio, foram randomizados 2:1 para receber Tarceva (cloridrato de erlotinibe) 150 mg ou placebo. A droga em estudo foi administrada por via oral uma vez por dia até a progressão da doença ou toxicidade inaceitável. Erupção cutânea (75%) e diarréia (54%) foram os eventos adversos mais freqüentes, independentemente de causalidade. A maioria foi de intensidade Graus 1 e 2 e contornável sem intervenção. Erupção cutânea e diarréia graus 3/4 ocorreram respectivamente em 9% e 6% dos pacientes tratados com Tarceva (cloridrato de erlotinibe) e cada um destes efeitos resultou em interrupção do medicamento em estudo em 1% dos pacientes. Reduções de dose devido à erupção cutânea ou à diarréia foram necessárias em 6% e 1% dos pacientes, respectivamente. No estudo BR.21, o tempo mediano até o início de erupção cutânea foi de 8 dias e o tempo mediano até o início da diarréia foi de 12 dias. Eventos adversos que ocorreram mais freqüentemente (> 3%) em pacientes tratados com Tarceva (cloridrato de erlotinibe) do que no braço placebo no estudo piloto BR.21 e em pelo menos 10% dos pacientes no braço Tarceva (cloridrato de erlotinibe) estão resumidos por grau NCI-CTC na Tabela 2. Os eventos listados são avaliados pelo responsável como sendo reações adversas a droga atribuídos à terapia com Tarceva (cloridrato de erlotinibe).
Tarceva – Posologia
A dose diária recomendada de Tarceva (cloridrato de erlotinibe) é de 150 mg, pelo menos uma hora antes ou duas horas depois da ingestão de alimentos. O uso concomitante de substratos e moduladores de CYP 3A4 pode exigir ajuste da dose (vide item Reações Adversas). Instruções de Dose Especial Insuficiência hepática: A segurança e a eficácia de Tarceva (cloridrato de erlotinibe) não foram estudadas em pacientes com insuficiência hepática. O erlotinibe é eliminado por metabolismo hepático e excreção biliar. Portanto, deve-se ter cautela ao administrar Tarceva (cloridrato de erlotinibe) a pacientes com insuficiência hepática (vide item Farmacocinética). Insuficiência renal: A segurança e a eficácia do Tarceva (cloridrato de erlotinibe) não foram estudadas em pacientes com insuficiência renal (vide item Farmacocinética). Uso Pediátrico: A segurança e a eficácia do Tarceva (cloridrato de erlotinibe) não foram estudadas em pacientes com idade abaixo dos 18 anos. Quando for necessário ajuste da dose, recomenda-se reduzir em escalas de 50 mg (vide item Advertências).
Superdosagem
Doses orais únicas de Tarceva (cloridrato de erlotinibe) de até 1000 mg em indivíduos saudáveis e de até 1600 mg, recebidas como dose única uma vez por semana, em pacientes com câncer foram toleradas. Doses repetidas duas vezes por dia de 200 mg em indivíduos saudáveis foram mal toleradas após apenas alguns dias de administração. Com base nos dados desses estudos, sabe-se que eventos adversos graves, como diarréia, erupção cutânea e possivelmente elevação de transaminases hepáticas podem ocorrer quando utilizada dose acima da recomendada, de 150 mg. Em caso de suspeita de superdosagem, o Tarceva (cloridrato de erlotinibe) deve ser suspenso e administrado tratamento sintomático.
Tarceva – Informações
O erlotinibe potencialmente inibe a fosforilação intracelular de HER1/EGFR. HER1/EGFR é expresso na superfície celular de células normais e de células cancerosas. Nos modelos nãoclínicos, a inibição da fosforilação do EGFR resulta em morte celular
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