ABRAXANE 100 MG 1 AMP (REFRIGERADO)

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ABRAXANE 100 MG 1 AMP
PRINCIPIO ATIVO: PLACTAXEL
LABORATORIO: CELGENE

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Descrição

1. NOME DO MEDICAMENTO
Abraxane 5 mg/ml pó de suspensão para infusão.
2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA
Cada frasco contém 100 mg de paclitaxel.
Após a reconstituição, cada ml de suspensão contém 5 mg de paclitaxel.
Excipientes
O medicamento reconstituído contém cerca de 425 mg de sódio por dose.
Lista completa de excipientes, ver secção 6.1.
3. FORMA FARMACÊUTICA
Pó para suspensão para perfusão.
A suspensão reconstituída tem um pH de 6-7,5 e uma osmolalidade de 300-360 mOsm/kg.
O pó apresenta cor branca a amarelada.
4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS
4.1 Indicações terapêuticas
O Abraxane em monoterapia é indicado para o tratamento do carcinoma metastásico da mama em
doentes que tiveram insucesso na terapêutica de primeira linha e não sejam candidatos à terapêutica
padrão com antraciclina. (Ver também secção 4.4).
4.2 Posologia e modo de administração
O Abraxane deve ser administrado apenas sob a supervisão de um oncologista qualificado, em
unidades especializadas na administração de agentes citotóxicos.
O procedimento para a reconstituição é descrito na secção 6.6.
A dose recomendada do Abraxane é de 260 mg/m2
, administrada por via intravenosa ao longo de trinta
minutos, a cada três semanas.
Ajustamentos da dose durante o tratamento:
Os doentes que tenham neutropenia grave (contagem de neutrófilos < 0,50 x 109 /l durante uma semana ou mais) ou neuropatia sensorial grave durante a terapêutica com Abraxane devem reduzir a dose para 220 mg/m2 nas séries subsequentes. Após recorrência de neutropenia grave ou neuropatia sensorial grave, deve efectuar-se uma redução adicional da dose para 180 mg/m2 . Abraxane não deve ser administrado até que a contagem de neutrófilos recupere para >1,5 x 109
/l. No caso de neuropatia
sensorial de grau 3, o tratamento deve ser suspenso até à resolução para grau 1 ou 2, seguindo-se uma
redução na dose para todas as séries subsequentes.
3
Doentes com disfunção hepática:
Actualmente, não existem dados disponíveis para recomendar alterações na dosagem em doentes com
insuficiência hepática ligeira a moderada (ver secções 4.4 e 5.2). Os doentes com insuficiência
hepática grave não devem ser tratados com paclitaxel.
Doentes com função renal comprometida:
Não foram realizados estudos em doentes com a função renal comprometida, e os dados actualmente
disponíveis são insuficientes para permitirem recomendações de dosagem nesta população de doentes
(ver secção 5.2).
Doentes pediátricos:
O Abraxane não é recomendado em crianças com menos de 18 anos de idade devido a dados
insuficientes de segurança e eficácia.
Doentes idosos:
Nos estudos clínicos, não ocorreram toxicidades apreciáveis com maior frequência nos doentes mais
idosos que receberam Abraxane.
4.3 Contra-indicações
Hipersensibilidade à substância activa ou a qualquer um dos excipientes.
Aleitamento.
Doentes com contagem basal de neutrófilos < 1,5 x 109 /l. 4.4 Advertências e precauções especiais de utilização O Abraxane é uma formulação de paclitaxel em nanopartículas ligadas a albumina, que poderá ter propriedades farmacológicas substancialmente diferentes de outras formulações de paclitaxel (ver secções 5.1 e 5.2). Hipersensibilidade: Caso ocorra hipersensibilidade, o produto deve ser imediatamente interrompido, com início de tratamento sintomático, e esse doente não deve voltar a ser tratado com paclitaxel. Hematologia: O Abraxane causa com frequência supressão da medula óssea (sobretudo neutropenia). A neutropenia depende da dose e tem uma toxicidade limitante da dose. Deve efectuar-se uma monitorização frequente da contagem das células sanguíneas durante a terapêutica com Abraxane. Os doentes não devem voltar a ser tratados com ciclos subsequentes do Abraxane até que os neutrófilos recuperem para >1,5 x 109
/l e as plaquetas recuperem para >100 x 109
/l.
Neuropatia:
A neuropatia sensorial ocorre frequentemente com Abraxane, ainda que o desenvolvimento de
sintomas graves seja menos comum. Normalmente, a ocorrência de neuropatia sensorial de grau 1 ou 2
não exige uma redução da dose. Caso se desenvolva neuropatia sensorial de grau 3, deve suspender-se
o tratamento até à resolução para grau 1 ou 2, e recomenda-se seguidamente uma redução na dose para
todas as séries subsequentes do Abraxane (ver secção 4.2).
4
Disfunção hepática:
Os doentes com disfunção hepática poderão correr um risco aumentado de toxicidade, sobretudo
devido a mielossupressão, e esses doentes devem ser monitorizados atentamente no que respeita ao
desenvolvimento de mielossupressão profunda. O uso do Abraxane não foi estudado especificamente
em doentes com disfunção hepática. Os doentes com disfunção hepática grave (bilirrubina > 5 x LSN
ou ASL/ALT > 10 x LSN) não devem ser tratados com Abraxane. Desconhece-se qual o regime
posológico apropriado em doentes com disfunção hepática de menor gravidade.
Cardiotoxicidade:
Ainda que não tenha sido demonstrada cardiotoxicidade inequivocamente relacionada com Abraxane,
os eventos cardíacos não são invulgares na população indicada, sobretudo em doentes que receberam
antraciclinas anteriormente, ou que tenham doença cardíaca ou pulmonar subjacente. Assim, os
doentes a receber o Abraxane devem ser monitorizados de forma constante pelos médicos no que
respeita à ocorrência de eventos cardíacos.
Tanto os homens como as mulheres com uma vida sexual activa devem utilizar métodos
contraceptivos eficazes durante o tratamento e até seis meses após o tratamento no caso dos homens e
um mês após o tratamento no caso das mulheres (ver secção 4.6).
A eficácia e segurança do Abraxane em doentes com metástases no sistema nervoso central (SNC) não
foram estabelecidas. Em geral, as metástases no SNC não são bem controladas pela quimioterapia
sistémica.
Sintomas gastrointestinais:
Caso os doentes tenham náuseas, vómitos e diarreia após a administração do Abraxane, poderão ser
tratados com anti-eméticos habitualmente utilizados e com agentes que causem obstipação.
Excipientes:
Quando reconstituído, o Abraxane contém cerca de 425 mg de sódio por dose. Este facto deve ser
tomado em consideração pelos doentes com uma dieta controlada em sódio.
4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção
Não foram realizados estudos de interacção.
O metabolismo de paclitaxel é catalisado, em parte, pelas isoenzimas CYP2C8 e CYP3A4 do
citocromo P450 (ver secção 5.2). Por conseguinte, deve ter-se cuidado ao administrar paclitaxel
concomitantemente com medicamentos que se saiba inibirem (por ex. eritromicina, fluoxetina,
antifúngicos imidazólicos) ou induzirem (por ex., rifampicina, carbamazepina, fenitoína, efavirenz,
nevirapina) quer o CYP2C8 quer o CYP3A4.
O Abraxane é indicado em monoterapia. O Abraxane não deve ser utilizado em combinação com
outros agentes anticancerígenos.
4.6 Gravidez e aleitamento
Gravidez:
Não existem dados suficientes sobre a utilização de paclitaxel em mulheres grávidas. O paclitaxel
poderá provocar graves anomalias congénitas em caso de administração durante a gravidez. Os
estudos em animais mostraram toxicidade reprodutiva (ver secção 5.3). O Abraxane não deverá ser
5
utilizado na gravidez nem em mulheres em risco de engravidar que não estejam a utilizar uma
contracepção eficaz, a menos que o quadro clínico da mãe necessite do tratamento com paclitaxel.
As mulheres em risco de engravidar deverão utilizar um método contraceptivo eficaz durante e até um
mês após o tratamento com Abraxane. Os doentes do sexo masculino tratados com Abraxane são
aconselhados a não conceber um filho durante e até seis meses após o tratamento.
Aleitamento:
Desconhece-se se o paclitaxel é excretado no leite humano. Devido a potenciais reacções adversas em
bebés amamentados com leite materno, o Abraxane está contra-indicado durante o aleitamento. A
amamentação deve ser suspendida durante a terapêutica.
Fertilidade:
O Abraxane induziu infertilidade em ratos do sexo masculino (ver secção 5.3). Os doentes do sexo
masculino devem procurar aconselhamento relativamente à conservação do esperma antes do
tratamento, por causa da possibilidade de infertilidade irreversível devida à terapêutica com Abraxane.
4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
O Abraxane tem uma influência pequena ou moderada na capacidade de conduzir e na utilização de
máquinas. O Abraxane pode provocar efeitos colaterais como cansaço (muito frequente) e tonturas
(frequente), que poderão afectar a sua capacidade de conduzir veículos e utilizar máquinas. Os doentes
devem ser avisados para não conduzirem nem utilizarem máquinas se sentirem cansaço ou tonturas.
4.8 Efeitos indesejáveis
A seguir encontram-se as mais comuns e importantes incidências de acontecimentos adversos
relacionados com 229 doentes com cancro da mama metastásico, tratados com 260 mg/m2
do
Abraxane uma vez a cada três semanas na fase III do estudo clínico fundamental.
Doenças do sangue e do sistema linfático: a neutropenia foi a mais notável toxicidade hematológica de
importância (verificada em 79% dos doentes), e foi rapidamente reversível e dependente da dose; a
leucopenia foi verificada em 71% dos doentes. Ocorreu neutropenia de grau 4 (< 0,5 x 109
/l) em 9%
dos doentes tratados com Abraxane. Ocorreu neutropenia febril em quatro doentes a tomarem
Abraxane. Observou-se anemia (Hb < 10 g/dl) em 46% dos doentes a tomarem Abraxane, e foi grave
(Hb < 8 g/dl) em três casos. Observou-se linfopenia em 45% dos doentes.
Doenças do sistema nervoso: em geral, a frequência e gravidade da neurotoxicidade foi dependente da
dose em doentes a receberem Abraxane. Observou-se neuropatia periférica (sobretudo neuropatia
sensorial de grau 1 ou 2) em 68% dos doentes a tomarem Abraxane, sendo 10% de grau 3, e não houve
casos de grau 4.
Doenças gastrointestinais: ocorreram náuseas em 29% dos doentes e diarreia em 25% dos doentes.
Afecções dos tecidos cutâneos e subcutâneos: observou-se alopécia em 90% dos doentes tratados com
Abraxane.
Afecções musculosqueléticas e dos tecidos conjuntivos: ocorreu artralgia em 32% dos doentes a
tomarem Abraxane, grave em 6% dos casos. Ocorreu mialgia em 24% dos doentes a tomarem
Abraxane, grave em 7% dos casos. Os sintomas foram geralmente transitórios, ocorreram tipicamente
três dias após a administração do Abraxane e resolveram-se no prazo de uma semana.
Perturbações gerais e alterações no local de administração: foi verificada astenia/fadiga em 40% dos
doentes.
6
O Quadro 1 lista as reacções adversas associadas à administração do Abraxane a doentes de estudos,
nos quais o Abraxane foi administrado como agente único em qualquer dose e em qualquer indicação
(N = 789).
A frequência dos efeitos indesejáveis listados no quadro 1 define-se utilizando a seguinte convenção:
Muito frequentes (≥1/10); frequentes (≥ 1/100, <1/10); pouco frequentes (≥1/1.000, <1/100); raros
(≥1/10.000, <1/1.000); muito raros (< 1/10.000). Os efeitos indesejáveis são apresentados por ordem decrescente de gravidade em cada classe de frequência. Quadro 1: Reacções adversas verificadas com o Abraxane com qualquer dose nos ensaios clínicos. Exames complementares de diagnóstico: Frequentes: diminuição do peso, alanina aminotransferase aumentada, aspartato aminotransferase aumentado, diminuição do hematócrito, diminuição na contagem de hemáceas, temperatura corporal aumentada, gama-glutamiltransferase aumentada, fosfatase alcalina sérica aumentada Pouco frequentes: pressão arterial aumentada, aumento no peso, lactato desidrogenase sérica aumentada, creatinina sérica aumentada, glicémia aumentada, fósforo sérico aumentado, potássio sérico reduzido Cardiopatias: Frequentes: taquicardia Doenças do sangue e do sistema linfático: Muito frequentes: neutropenia, anemia, leucopenia, trombocitopenia, linfopenia Frequentes: neutropenia febril Doenças do sistema nervoso: Muito frequentes: neuropatia periférica, neuropatia, hipostesia, parestesia. Frequentes: neuropatia sensorial periférica, cefaleia, disgeusia, tonturas, neuropatia motora periférica, ataxia, perturbações sensoriais, sonolência. Pouco frequentes: polineuropatia, arreflexia, discinesia, hiporreflexia, neuralgia, perda sensorial, síncope, tonturas posturais, dor neuropática, tremores Afecções oculares: Frequentes: lacrimação aumentada, visão turva, secura dos olhos, queratoconjuntivite seca, madarose (queda das pestanas) Pouco frequentes: irritação ocular, dor ocular, visão anormal, acuidade visual reduzida, conjuntivite, perturbações visuais, prurido ocular Afecções do ouvido e do labirinto: Frequentes: vertigem Pouco frequentes: dor auricular, zumbidos Doenças respiratórias, torácicas e do mediastino: Frequentes: dispneia, epistaxe, dor faringo-laríngica, tosse, rinite, rinorreia Pouco frequentes: tosse com expectoração, dispneia de esforço, sinusite, sons respiratórios diminuídos, efusão pleural, rinite alérgica, garganta seca, congestão nasal, secura nasal, pieira Raros: pneumonite intersticial 7 Quadro 1: Reacções adversas verificadas com o Abraxane com qualquer dose nos ensaios clínicos. Doenças gastrointestinais: Muito frequentes: náuseas, diarreia, vómitos, obstipação, estomatite Frequentes: dor abdominal, distensão abdominal, dor abdominal superior, dispepsia, doença de refluxo gastro-esofágico, hipostesia oral Pouco frequentes: disfagia, flatulência, glossodínia, boca seca, dor gengival, fezes moles, esofagite, dor abdominal inferior, ulceração da boca, dor oral, hemorragia rectal Doenças renais e urinárias: Pouco frequentes: disúria, polaquiúria, hematúria, noctúria, poliúria, incontinência urinária Afecções dos tecidos cutâneos e subcutâneas: Muito frequentes: alopécia, exantema Frequentes: afecções das unhas, prurido, pele seca, eritema, descoloração das unhas, hiperpigmentação cutânea, onicólise Pouco frequentes: sensibilidade do leito ungueal, urticária, dor cutânea, reacção de fotossensibilidade, distúrbios de pigmentação, exantema com prurido, afecções cutâneas, hiper-hidrose, onicomadese, exantema eritematoso, exantema generalizado, dermatite, suores nocturnos, exantema máculo-papular, vitiligo, hipotricose, desconforto ungueal, prurido generalizado, exantema macular, exantema papular, lesões cutâneas, edema facial Afecções musculosqueléticas e dos tecidos conjuntivos: Muito frequentes: artralgia, mialgia. Frequentes: dor nas extremidades, ostealgia, lombalgia, cãibras musculares, dores nos membros Pouco frequentes: dor na parede torácica, fraqueza muscular, cervicalgia, dor nas virilhas, espasmos musculares, dos musculosquelética, dor nos flancos, desconforto nos membros, fraqueza muscular Doenças do metabolismo e da nutrição: Muito frequentes: anorexia Frequentes: desidratação, diminuição do apetite, hipocalémia Pouco frequentes: hipofosfatemia, retenção de fluidos, hipoalbuminemia, polidipsia, hiperglicemia, hipocalcemia, hipoglicemia, hiponatremia Infecções e infestações: Frequentes: infecção, infecção do tracto urinário, foliculite, infecção do tracto respiratório superior, candidíase, sinusite Pouco frequentes: candidíase oral, nasofaringite, celulite, herpes simplex, infecção viral, pneumonia, infecções relacionadas com cateteres, infecções fúngicas, herpes zoster, infecção no local de injecção Complicações de intervenções relacionadas com lesões e intoxicações: Pouco frequentes: contusão Raros: hipersensibilidade a radiações (“radiation recall”) Neoplasias benignas, malignas e não especificadas (incluindo quistos e pólipos): Pouco frequentes: dor metastásica, necrose tumoral Vasculopatias: Frequentes: rubor, afrontamentos, hipertensão, linfoedema Pouco frequentes: hipotensão, arrefecimento das extremidades, hipotensão ortostática Raros: trombose 8 Quadro 1: Reacções adversas verificadas com o Abraxane com qualquer dose nos ensaios clínicos. Perturbações gerais e alterações no local de administração: Muito frequentes: fadiga, astenia, pirexia. Frequentes: edema periférico, inflamação das mucosas, dor, calafrios, edema, fraqueza, diminuição do desempenho, dor torácica, doença semelhante a gripe, mal-estar, letargia, hiperpirexia Pouco frequentes: desconforto torácico, andar anormal, inchaço, reacção no local da injecção Doenças do sistema imunitário: Pouco frequentes1 : hipersensibilidade Afecções hepatobiliares Pouco frequentes: hiperbilirubinemia, hepatomegalia Doenças dos órgãos genitais e da mama: Pouco frequentes: dor mamária Perturbações do foro psiquiátrico: Frequentes: insónia, depressão, ansiedade Pouco frequentes: agitação 1 A frequência de reacções de hipersensibilidade é calculada com base em apenas um caso claramente relacionado numa população de 789 doentes Experiência após a introdução no mercado Foram verificadas paralisias dos pares cranianos, paresia das cordas vocais e notificações raras de reacções graves de hipersensibilidade durante a vigilância pós-introdução no mercado do Abraxane[DMD1]. Em alguns doentes anteriormente expostos a capecitabina, foram verificados casos de eritrodisestesia palmar-plantar como parte da vigilância continuada do Abraxane. Dado que estes eventos foram notificados voluntariamente durante a prática clínica, não é possível efectuarem-se estimativas reais de frequência e não foi estabelecida uma relação causal entre os eventos. 4.9 Sobredosagem Não se conhece um antídoto para a sobredosagem com paclitaxel. Na eventualidade de uma sobredosagem, o doente deve ser atentamente monitorizado. O tratamento deve ser dirigido às principais toxicidades previstas, que são a supressão de medula óssea, a mucosite e a neuropatia periférica. 5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS 5.1 Propriedades farmacodinâmicas Grupo farmacoterapêutico: taxanos, código ATC: L01CD01 O paclitaxel é um agente anti-microtúbulos que promove a reunião dos microtúbulos a partir dos dímeros de tubulina e estabiliza os microtúbulos através da prevenção da despolimerização. Esta estabilidade resulta na inibição da reorganização dinâmica normal da rede de microtúbulos que é essencial para a interfase vital e as funções celulares mitóticas. Além disto, o paclitaxel induz conjuntos ou “feixes” anormais de microtúbulos ao longo do ciclo celular e fusos astrais múltiplos de microtúbulos durante a mitose. O Abraxane contém nanopartículas de paclitaxel-albumina humana sérica. A albumina é conhecida por mediar a transcitose endotelial dos constituintes do plasma e os estudos in vitro demonstraram que a presença de albumina aumenta o transporte de paclitaxel através das células endoteliais. Existe a 9 hipótese de que este transporte transendotelial aumentado seja mediado pelo receptor gp-60 da albumina, e que haja acumulação de paclitaxel na área do tumor devido à proteína de ligação à albumina, SPARC (“secreted protein acidic rich in cysteine” – proteína ácida secretada rica em cisteína). Carcinoma da mama: Estão disponíveis dados de 106 doentes resultantes de dois estudos de rótulo aberto com um único braço, e de 454 doentes tratados num estudo comparativo de fase III, aleatório, para apoiar o uso do Abraxane no cancro da mama metastásico. Estas informações são apresentadas abaixo. Estudos de rótulo aberto, de braço isolado Num dos estudos, o Abraxane foi administrado como infusão de trinta minutos a uma dose de 175 mg/m2 a 43 doentes com cancro da mama metastásico. O segundo ensaio utilizou uma dose de 300 mg/m2 como perfusão de trinta minutos em 63 doentes com cancro da mama metastásico. Os doentes foram tratados sem pré-medicação de esteróides ou apoio G-CSF planeado. Os ciclos foram administrados a intervalos de três semanas. As taxas de resposta em todos os doentes foram de 39,5% (IC a 95%: 24,9% – 54,2%) e 47,6% (IC a 95%: 35,3% – 60,0%), respectivamente. O tempo mediano até à progressão da doença foi de 5,3 meses (175 mg/m2 ; IC a 95%: 4,6 – 6,2 meses) e 6,1 meses (300 mg/m2 ; IC a 95%: 4,2 – 9,8 meses). Estudo comparativo aleatorizado: Este estudo multicêntrico foi realizado em doentes com cancro da mama metastásico, tratados a cada três semanas com o agente único paclitaxel, quer como paclitaxel com base de solvente 175 mg/m2 administrado sob a forma de perfusão de 3 horas com pré-medicação para evitar a hipersensibilidade (N = 225), ou sob a forma do Abraxane 260 mg/m2 administrado como perfusão de trinta minutos sem pré-medicação (N = 229). Sessenta e quatro por cento dos doentes tinha desempenho comprometido (ECOG 1 ou 2) aquando da entrada no estudo; 79% apresentava metástases viscerais; e 76% apresentavam > 3 locais de
metástases. Catorze por cento dos doentes não tinham recebido quimioterapia anterior; 27% tinham
recebido quimioterapia apenas no enquadramento adjuvante, 40% apenas no enquadramento
metastásico, e 19% tanto nos enquadramentos metastásico e adjuvante. Cinquenta e nove por cento
receberam o medicamento experimental como terapêutica de segunda linha ou superior. Setenta e sete
por cento dos doentes tinham sido expostos anteriormente a antraciclinas.
Os resultados para a taxa global de resposta e o tempo até à progressão da doença, bem como a
sobrevivência sem progressão e a sobrevivência consoante os doentes estivessem a receber terapêutica
de > 1.a
linha, são apresentados abaixo.
Quadro 2: Resultados para a taxa global de resposta, tempo mediano até à progressão da
doença e sobrevivência sem progressão, tal como avaliados pelo investigador
Variável de eficácia Abraxane
(260 mg/m2
)
Paclitaxel com base de
solvente
(175 mg/m2
)
valor de p
Taxa de resposta [IC a 95%] (%)
Terapêutica > 1a
linha 26,5 [18,98, 34,05] (n = 132) 13,2 [7,54, 18,93] (n = 136) 0,006a
*Tempo mediano até à progressão da doença [IC a 95%] (semanas)
10
Quadro 2: Resultados para a taxa global de resposta, tempo mediano até à progressão da
doença e sobrevivência sem progressão, tal como avaliados pelo investigador
Variável de eficácia Abraxane
(260 mg/m2
)
Paclitaxel com base de
solvente
(175 mg/m2
)
valor de p
Terapêutica > 1a
linha 20,9 [15,7, 25,9] (n = 131) 16,1 [15,0, 19,3] (n = 135) 0,011b
*Mediana da sobrevivência sem progressão [IC a 95%] (semanas)
Terapêutica > 1a
linha 20,6 [15,6, 25,9] (n = 131) 16,1 [15,0, 18,3] (n = 135) 0,010b
*Sobrevivência [IC a 95%] (semanas)
Terapêutica > 1a
linha 56,4 [45,1, 76,9] (n = 131) 46,7 [39,0, 55,3] (n = 136) 0,020b
*
Estes dados baseiam-se no Relatório do Estudo Clínico: CA012-0 Adenda, com data final (23 de
Março de 2005)
a Teste Chi quadrado
b
Teste Log rank
Foram avaliados aleatoriamente 229 doentes tratados com o Abraxane na experiência clínica
controlada, por razões de segurança. A neurotoxicidade para paclitaxel foi avaliada através da
melhoria de um nível para doentes que experimentaram o nível 3 de neuropatia periférica em qualquer
momento durante a terapia. O curso natural da neuropatia periférica para a resolução da linha de base
não foi avaliado e permanece desconhecido devido à toxicidade acumulada do Abraxane depois de > 6
cursos de tratamento.
5.2 Propriedades farmacocinéticas
A farmacocinética de paclitaxel total após perfusões de 30 e 180 minutos do Abraxane a níveis de
dosagem de 80 a 375 mg/m2 foi determinada em estudos clínicos. A exposição ao fármaco (AUC)
aumentou linearmente, de 2653 para 16736 ng.hr/ml após a administração de 80 a 300 mg/m2
.
Após a administração intravenosa do Abraxane a doentes com cancro da mama metastásico, na dose
clínica recomendada de 260 mg/m2
, as concentrações plasmáticas de paclitaxel declinaram de forma
multifásica. A média da Cmax de paclitaxel, que ocorreu no final da perfusão, foi de 18,7 µg/ml. A
média da depuração total foi de 15 l/hr/m2. A semivida terminal foi de cerca de 27 horas. O volume
médio de distribuição foi de 632 l/m2; o elevado volume de distribuição indica a extensa distribuição
extravascular e/ou a ligação de paclitaxel aos tecidos.
Num estudo em doentes com tumores sólidos avançados, as características farmacocinéticas do
paclitaxel após a administração intravenosa de Abraxane a 260 mg/m2
ao longo de trinta minutos
foram comparadas com as características após a administração de 175 mg/m2
da injecção de paclitaxel
com base de solvente, administrada ao longo de 3 horas. A depuração de paclitaxel com Abraxane foi
mais elevada (43%) do que após a injecção de paclitaxel com base de solvente, e o respectivo volume
de distribuição também foi mais elevado (53%). As diferenças na Cmax e Cmax corrigida para a dose
11
reflectiram diferenças na dose total e na velocidade de perfusão. Não houve diferenças nas semividas
terminais.
A ligação proteica do paclitaxel após a administração do Abraxane estima-se em cerca de 90%. Com
base na literatura publicada, os estudos in vitro da ligação de proteínas séricas humanas, utilizando
paclitaxel a concentrações que variaram entre 0,03 a 1,2 µM, indicam que cerca de 87% do paclitaxel
se encontra ligado; a presença de ranitidina, dexametasona, ou difenidramina não afectou a ligação
proteica do paclitaxel.
Com base na literatura publicada, os estudos in vitro com microssomas hepáticos humanos e lâminas
de tecido mostram que paclitaxel é metabolizado primariamente em 6α-hidroxipaclitaxel; e dois
metabolitos de menor importância, 3’-p-hidroxipaclitaxel e 6α-3’-p-dihidroxipaclitaxel. A formação
destes metabolitos hidroxilados é catalisada por CYP2C8, -3A4, e tanto por -2C8 como por -3A4,
respectivamente.
O efeito da disfunção renal ou hepática sobre a disposição do paclitaxel não foi formalmente
investigado.
Nos doentes com cancro da mama metastásico, após uma perfusão de trinta minutos de a 260 mg/m2
, o
valor médio para a excreção urinária cumulativa da substância activa inalterada perfazia 4% da dose
total administrada, com menos de 1% sob a forma dos metabolitos 6α-hidroxipaclitaxel e
3’-p-hidroxipaclitaxel, indicando extensa depuração não renal. O paclitaxel é eliminado sobretudo
através de metabolismo hepático e excreção biliar.
A farmacocinética do paclitaxelel em doentes com idade superior a 65 anos parece comparável à de
doentes com idade inferior a 65 anos. Contudo, está disponível pouca informação em doentes com
mais de 75 anos, dado que apenas três doentes com mais de 75 anos foram incluídos na análise
farmacocinética.
5.3 Dados de segurança pré-clínica
O potencial carcinogénico do paclitaxel não foi estudado. Contudo, com base na literatura publicada,
paclitaxel é um agente potencialmente carcinogénico e genotóxico a doses clínicas, com base no seu
mecanismo de acção farmacodinâmica. O paclitaxel mostrou ser clastogénico in vitro (aberrações
cromossómicas em linfócitos humanos) e in vivo (teste de micronúcleo em ratinhos). O paclitaxel
mostrou ser genotóxico in vivo (teste de micronúcleo em ratinhos), mas não induziu mutagenicidade
no teste Ames ou no ensaio de mutações genéticas do ovário de hamster chinês / hipoxantina-guanina
fosforibosil transferase (Chinese hamster ovary/hypoxanthine-guanine phosphoribosyl transferase,
CHO/HGPRT).
O paclitaxel em doses abaixo da dose terapêutica em seres humanos esteve associado a baixa
fertilidade e toxicidade fetal em ratos. Os estudos em animais mostraram efeitos tóxicos, não
reversíveis, sobre os órgãos genitais masculinos e níveis de exposição clinicamente relevantes.
6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS
6.1 Lista dos excipientes
Solução de albumina humana (contendo sódio, caprilato de sódio[TRB2] e N-acetil-DLtriptofano[DMD3]).
6.2 Incompatibilidades
Este medicamento não deve ser misturado com outros medicamentos, excepto com os mencionados na
secção 6.6.
12
6.3 Prazo de validade
Antes da abertura do frasco: 24 meses
Estabilidade da suspensão reconstituída no frasco:
Após a primeira reconstituição, a suspensão deve ser colocada imediatamente num saco de perfusão.
Contudo, a estabilidade química e física durante a utilização foi demonstrada durante oito horas a
2°C – 8°C, na embalagem original e protegida pela luz solar intensa.
Estabilidade da suspensão reconstituída no saco de perfusão:
Após a reconstituição, a suspensão reconstituída no saco de infusão deve ser imediatamente utilizada.
Contudo, a estabilidade química e física foi demonstrada durante oito horas, a uma temperatura
inferior a 25°C.
6.4 Precauções especiais de conservação
Antes da abertura do frasco: manter o frasco dentro da embalagem exterior, de modo a proteger da
luz.
Para as condições de conservação do medicamento reconstituído, ver secção 6.3.
6.5 Natureza e conteúdo do recipiente
Frasco de 50 mg (vidro de tipo 1) com uma rolha (borracha de butil) e selo de segurança (alumínio).
Embalagem com um frasco de 100 mg de paclitaxel.
6.6 Precauções especiais de eliminação e manuseamento
Precauções de preparação e administração:
O paclitaxel é um produto anticanceroso citotóxico e, como acontece com outros compostos
potencialmente citotóxicos, deve ter-se cuidado a manusear o Abraxane. Recomenda-se o uso de
luvas, óculos e vestuário de protecção. Caso a suspensão entre em contacto com a pele, lavar imediata
e cuidadosamente com água e sabão. Caso a suspensão entre em contacto com as mucosas, estas
devem ser enxaguadas cuidadosamente com água. O Abraxane deve ser preparado e administrado
exclusivamente por pessoal com formação apropriada no manuseamento de agentes citotóxicos. As
funcionárias grávidas não devem manusear o Abraxane.
Reconstituição e administração do produto:
Abraxane apresenta-se sob a forma de pó liofilizado esterilizado para reconstituição antes da
utilização. Após a reconstituição, cada ml de suspensão contém 5 mg de paclitaxel.
Utilizando uma seringa esterilizada, injectar lentamente 20 ml de solução de cloreto de sódio a
9 mg/ml (0,9%) para infusão num frasco para injectáveis do Abraxane durante pelo menos um minuto.
A solução deve ser dirigida para a superfície interna do frasco para injectáveis. A solução não deve ser
injectada directamente sobre o pó, dado que isto resultará na formação de espuma.
Assim que a adição estiver completa, deve deixar-se o frasco para injectáveis em posição vertical por
um mínimo de cinco minutos para garantir a humidificação adequada do sólido. Depois, rodar
suavemente e/ou inverter o frasco para injectáveis lentamente durante pelo menos dois minutos até à
ressuspensão completa de todo o pó. Deve evitar-se a formação de espuma. Caso ocorra a formação de
espuma ou aglomerados, deixar a solução em posição vertical durante pelo menos quinze minutos, até
que a espuma desapareça.
13
A suspensão reconstituída deve ter um aspecto leitoso e homogéneo, sem precipitados visíveis. Caso
sejam visíveis precipitados ou assentamento, o frasco deve ser suavemente invertido uma vez mais
para garantir a ressuspensão completa antes da utilização. Poderá ocorrer algum assentamento da
suspensão reconstituída. Assegurar a ressuspensão completa através de agitação ligeira antes da
utilização.
Eliminar a suspensão reconstituída caso se observem precipitados.
Calcular o volume exacto total para administração da suspensão de 5 mg/ml necessária para o doente e
injectar a quantidade apropriada do Abraxane reconstituído num saco de tipo IV vazio, esterilizado,
em PVC ou não PVC. Não é necessário o uso de recipientes especializados para a solução ou de
conjuntos de administração isentos de DEHP para a preparação ou administração de perfusões do
Abraxane. Não devem utilizar-se filtros incorporados.
Os produtos não utilizados ou material residual devem ser eliminados de acordo com os requisitos
locais.
7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Abraxis BioScience Limited
West Forest Gate
Wellington Road
Wokingham
Berkshire
RG40 2AQ
Reino Unido
8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE
INTRODUÇÃO NO MERCADO
10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO
14
ANEXO II
A. TITULAR(ES) DA AUTORIZAÇÃO DE FABRICO
RESPONSÁVEL(VEIS) PELA LIBERTAÇÃO DO LOTE
B. CONDIÇÕES DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO
NO MERCADO
15
A. TITULAR(ES) DE AUTORIZAÇÃO DE FABRICO RESPONSÁVEL(VEIS)
PELA LIBERTAÇÃO DO LOTE
Nome e endereço do(s) fabricante(s) responsável(veis) pela libertação do lote
Catalent UK Packaging Ltd.
Lancaster Way
Wingates Industrial Park
Westhoughton BL5 3XX
Reino Unido
B. CONDIÇÕES DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
• CONDIÇÕES OU RESTRIÇÕES RELATIVAS AO FORNECIMENTO E
UTILIZAÇÃO IMPOSTAS AO TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE
INTRODUÇÃO NO MERCADO
Medicamento sujeito a receita médica restrita (ver Anexo I: Resumo das características do
medicamento, secção 4.2).
• CONDIÇÕES OU RESTRIÇÕES RELATIVAS À UTILIZAÇÃO SEGURA
E EFICAZ DO MEDICAMENTO
Não aplicável
• OUTRAS CONDIÇÕES
Sistema de farmacovigilância
O Titular de Autorização de Introdução no Mercado deve assegurar que o sistema de
farmacovigilância descrito na versão 2.0, apresentado no módulo 1.8.1. do dossier de
Autorização de Introdução no Mercado está instalado e a funcionar antes e durante a
comercialização do medicamento.
Plano de gestão de risco
O Titular de Autorização de Introdução no Mercado compromete-se a efectuar os estudos e as
actividades de farmacovigilância adicionais descritas no Plano de Farmacovigilância, como
acordado na versão 4 do Plano de gestão de risco e apresentado no módulo 1.8.2. do dossier
de Autorização de Introdução no Mercado, bem como quaisquer actualizações subsequentes
do Plano de Gestão de Riscos acordado pelo CHMP.
De acordo com a Norma Orientadora do CHMP sobre os sistemas de gestão de riscos para os
medicamentos de uso humano, a actualização do Plano de Gestão de Riscos deve ser
apresentada ao mesmo tempo que o relatório periódico de segurança seguinte.
Além disso, deve ser apresentado um Plano de Gestão de Riscos[DMD4]
• quando for recebida nova informação que possa ter impacto sobre as actuais
especificações de segurança, o plano de farmacovigilância ou actividades de
minimização do risco
• em até sessenta dias depois de se ter obtido um acontecimento importante
(farmacovigilância ou minimização do risco)
• a pedido da EMEA
16

ANEXO III
ROTULAGEM E FOLHETO INFORMATIVO
17
A. ROTULAGEM
18
INDICAÇÕES A INCLUIR NO ACONDICIONAMENTO SECUNDÁRIO E NO
ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO
Embalagem de cartão e frasco
1. NOME DO MEDICAMENTO
Abraxane 5 mg/ml pó para suspensão para infusão
2. DESCRIÇÃO DA(S) SUBSTÂNCIA(S) ACTIVA(S)
Cada frasco contém 100 mg de paclitaxel.
Após a reconstituição, cada ml de suspensão contém 5 mg de paclitaxel.
3. LISTA DOS EXCIPIENTES
Solução de albumina humana (contendo sódio, caprilato de sódio e N-acetil DL triptofanato)
Contém sódio, ver o folheto informativo para mais informações.
4. FORMA FARMACÊUTICA E CONTEÚDO
Pó para suspensão para infusão
Um frasco de 100 mg de paclitaxel
5. MODO E VIA(S) DE ADMINISTRAÇÃO
Consultar o folheto informativo antes de utilizar.
Frasco para injectáveis de utilização única
Uso intravenoso
6. ADVERTÊNCIA ESPECIAL DE QUE O MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO
FORA DO ALCANCE E DA VISTA DAS CRIANÇAS
Manter fora do alcance e da vista das crianças.
7. OUTRAS ADVERTÊNCIAS ESPECIAIS, SE NECESSÁRIO
Preparado e administrado exclusivamente por pessoal com formação apropriada no manuseamento de
agentes citotóxicos.
O Abraxane pode ter propriedades farmacológicas substancialmente diferentes quando comparadas
com outras formulações de paclitaxel.
8. PRAZO DE VALIDADE
VAL.:
9. CONDIÇÕES ESPECIAIS DE CONSERVAÇÃO
Antes da abertura do frasco: manter o frasco dentro da embalagem exterior, de modo a proteger da luz.
Após a primeira reconstrução: oito horas num frigorífico no frasco quando guardado na embalagem
exterior, com vista a proteger da luz.
Num saco de infusão: até oito horas inferior a 25o
C
19
10. CUIDADOS ESPECIAIS QUANTO À ELIMINAÇÃO DO MEDICAMENTO NÃO
UTILIZADO OU DOS RESÍDUOS PROVENIENTES DESSE MEDICAMENTO, SE
APLICÁVEL
Os produtos não utilizados ou material residual devem ser eliminados de acordo com os requisitos
locais.
11. NOME E ENDEREÇO DO TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO
MERCADO
Abraxis BioScience Limited
West Forest Gate
Wellington Road
Wokingham
Berkshire
RG40 2AQ
Reino Unido
12. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
13. NÚMERO DO LOTE
Lote:
14. CLASSIFICAÇÃO QUANTO À DISPENSA AO PÚBLICO
Medicamento sujeito a receita médica.
15. INSTRUÇÕES DE UTILIZAÇÃO
16. INFORMAÇÃO EM BRAILLE
Foi aceite a justificação para não incluir a informação em Braille.
20
B. FOLHETO INFORMATIVO
21
FOLHETO INFORMATIVO: INFORMAÇÃO PARA O UTILIZADOR
Abraxane 5 mg/ml pó para suspensão para infusão
Paclitaxel
Leia atentamente este folheto antes de utilizar este medicamento.
– Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o reler.
– Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico.
– Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não
mencionados neste folheto, informe o seu médico.
Neste folheto:
1. O que é o Abraxane e para que é utilizado
2. Antes de utilizar o Abraxane
3. Como utilizar o Abraxane
4. [TRB5]Efeitos secundários possíveis
5. Como conservar o Abraxane
6. Outras informações
1. O QUE É O ABRAXANE E PARA QUE É UTILIZADO
O Abraxane é um medicamento que contém paclitaxel em albumina humana (uma porção do sangue).
O paclitaxel pertence a um grupo de medicamentos chamados taxanos, utilizados no tratamento do
cancro.
O Abraxane é utilizado no tratamento do cancro da mama quando outras terapias que tenha
experimentado não tenham resultado e se não puder adaptar-se aos tratamentos que contém
antraciclina.
2. ANTES DE UTILIZAR O ABRAXANE
Não utilize Abraxane se tiver [TRB6]alergia (hipersensibilidade) ao paclitaxel ou a qualquer outro
componente do Abraxane
• se estiver a amamentar
• se tiver uma contagem baixa de glóbulos brancos (contagens de neutrófilos na situação de
referência <1,5 x 109
/l – o seu médico irá aconselhá-lo relativamente a este aspecto)
Tome especial cuidado com o Abraxane
• se tiver dificuldades na função renal
• se tiver dormência, formigueiro, sensação de picadas, sensibilidade ao toque ou fraqueza muscular
• se tiver problemas graves de fígado
• se tiver problemas cardíacos
Se apresentar algum destes quadros clínicos, o seu médico poderá pretender interromper o tratamento
ou reduzir a dose.
Tomar Abraxane com outros medicamentos
Informe ao seu médico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros medicamentos,
incluindo medicamentos obtidos sem receita médica, dado que estes podem interagir com o Abraxane.
Utilizar Abraxane com alimentos ou bebidas
O Abraxane não é afectado por alimentos e bebidas.
Gravidez e aleitamento
22
O paclitaxel poderá provocar graves anomalias congénitas em caso de administração durante a
gravidez.
As mulheres em risco de engravidar deverão utilizar um método contraceptivo eficaz durante e até um
mês após o tratamento com Abraxane. Os doentes do sexo masculino são aconselhados a não conceber
um filho durante e até seis meses após o tratamento, e deverão procurar aconselhamento acerca da
conservação do esperma antes do tratamento, por causa da possibilidade de infertilidade irreversível
devida à terapêutica com Abraxane.
Desconhece-se se paclitaxel passa para o leite materno. Dada a possibilidade de lesões para o bebé,
deve interromper-se o aleitamento durante o tratamento.
Aconselhe-se com o seu médico antes de tomar este medicamento.
Condução de veículos e utilização de máquinas
O Abraxane pode provocar efeitos secundários como cansaço (muito frequente) e tonturas (frequente),
que poderão afectar a sua capacidade de conduzir veículos e utilizar maquinaria. Caso tenha estes
sintomas, não conduza veículos nem opere maquinaria até que os sintomas tenham passado
completamente.
Caso lhe sejam administrados outros medicamentos como parte do seu tratamento, deve aconselhar-se
junto do seu médico no que respeita à condução de veículos e utilização de máquinas.
Informações importantes sobre alguns componentes do Abraxane
Este medicamento contém cerca de 425 mg de sódio por dose. Isto deve ser tomado em consideração
pelos doentes com uma dieta controlada em sódio.
3. COMO UTILIZAR O ABRAXANE
O Abraxane ser-lhe-á administrado por um médico ou enfermeiro, por meio de um soro intravenoso. A
dose que recebe é baseada na sua área de superfície corporal e nos resultados das análises ao sangue. A
dose habitual é de 260 mg/m2
de área de superfície corporal.
Com que frequência irei receber o Abraxane?
O Abraxane é habitualmente administrado a cada três semanas.
Por quanto tempo vou receber o gotejamento intravenoso?
O Abraxane é administrado ao longo de um período de trinta minutos.
Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu médico.
4. EFEITOS SECUNDÁRIOS POSSÍVEIS
Como todos os medicamentos, o Abraxane pode causar efeitos secundários. No entanto estes não se
manifestam em todas as pessoas.
Os efeitos secundários muito frequentes (verificados em pelo menos um de cada dez doentes) são:
• Perda de cabelo
• Diminuição anormal do número de neutrófilos do sangue
• Diminuição do número de glóbulos brancos no sangue
• Deficiência de glóbulos vermelhos
• Redução no número de linfócitos no sangue
• Efeito sobre os nervos periféricos (dor e dormência)
• Dor numa ou mais articulações
• Dores musculares
23
• Náuseas, diarreia
• Vómitos
• Fraqueza e cansaço
Os efeitos secundários comuns (verificados em, pelo menos, um em cem doentes) são:
• Irritação na pele, comichão, pele seca, problemas nas unhas
• Infecção, febre, rubor
• Dor de garganta ou dor abdominal
• Indigestão, desconforto abdominal, ou prisão de ventre
• Dificuldade em respirar
• Perda de apetite, perda de peso
• Dor nos ossos, dor muscular
• Tonturas, diminuição da coordenação muscular ou dificuldade em ler
• Alterações na frequência ou ritmo cardíaco
• Inchaço das mucosas e dos tecidos moles, inflamação da boca ou da língua, aftas na boca
• Problemas de sono
Os efeitos secundários raros (verificados em, pelo menos, um em mil doentes) são:
• pressão arterial aumentada, aumento no peso, aumento de lactato no sangue, diminuição da
função renal, glicémia aumentada, fósforo sérico aumentado, potássio sérico reduzido
• disfunção dos nervos, diminuição ou falta de reflexos, movimentos involutários, dores num
nervo, perda de um sentido, enfraquecimento, tonturas ao ficar de pé, entorpecimento doloroso
ou formigueiro, tremor
• olhos irritados, dor nos olhos, olhos vermelhos, comichão nos olhos, visão dupla ou
desfocada, visão reduzida ou ver luzes a piscarem
• dor de ouvidos, zumbido nos ouvidos
• tossir com flegma, falta de ar ao caminhar ou subir escadas, nariz entupido, nariz a pingar ou
nariz seco, diminuição do som da respiração, líquido no pulmão, perda de voz, dificuldade em
respirar
• dificuldade em engolir, em beber bebidas com gás, boca seca, fezes líquidas, azia, cãibra no
estômago, dor nas gengivas ou boca inflamada, sangramento rectal
• dor ao urinar, urinar com frequência, sangue na urina, incapacidade em segurar a urina
• dor nas unhas; desconforto nas unhas, perda das unhas; urticária; dor na pele; pele vermelha
da luz solar, descoloração da pele, irritação vermelha, comichão, aumento da transpiração,
suores nocturnos, zonas brancas na pele, menos cabelo, urticária generalizada, feridas, cara
inchada
• dor no peito, dor no pescoço, dor na virilha, cãibras musculares, dores or fraqueza, dor nas
costas, dor no braço ou na perna
• diminuição de fósforo sérico, retenção de líquidos, albumina baixa no sangue, aumento da
sede, diminuição de cálcio no sangue, glicémia reduzida no sangue, potássio sérico reduzido
• aftas, dor e inchaço no nariz e garganta, infecções na pele, infecção nos pulmões, infecção
devido a linha do cateter, infecção, vermelhidão ou inchaço do lado onde a agulha foi espetada
no corpo
• hematomas
• dor do lado do tumor, morte do tumor
• tensão arterial reduzida, tensão arterial reduzida ao ficar de pé, mãos e pés frios
• dor no peito ou opressão, dificuldade em andar, inchaço
• reacção alérgica
• função do fígado reduzida, aumento do tamanho do fígado
• dor no seio
• insónia
Os efeitos secundários raros (verificados em, pelo menos, um em dez mil doentes) são:
• infecção pulmonar
• reacção na pele por outro agente seguido de radiação
24
• coágulo do sangue
Se algum dos efeitos secundários se agravar, ou se detectar quaisquer efeitos secundários não
mencionados neste folheto, informe ao seu médico.
5. COMO CONSERVAR O ABRAXANE
Manter fora do alcance e da vista das crianças.
Não utilize o Abraxane após o prazo de validade impresso na embalagem exterior e no frasco, após
VAL. O prazo de validade corresponde ao último dia do mês indicado.
Antes da abertura do frasco: manter o recipiente dentro da embalagem exterior, de modo a proteger da
luz.
Após a primeira reconstituição, a suspensão deve ser utilizada de imediato. Se não for utilizada de
imediato, a suspensão poderá ser armazenada num frigorífico (2°C – 8°C) até oito horas no frasco
quando guardado na embalagem exterior, de modo a proteger da luz.
A suspensão reconstituída no gotejamento intravenoso pode ser guardada durante até oito horas a uma
temperatura inferior a 25ºC.
6. OUTRAS INFORMAÇÕES
Qual a composição do Abraxane
• A substância activa é o paclitaxel. Cada frasco contém 100 mg de paclitaxel.
• Após a reconstituição, cada ml de suspensão contém 5 mg de paclitaxel.
• O outro componente é a albumina humana (que contém sódio, caprilato de sódio e N-acetil
DL triptofanato).
Qual o aspecto do Abraxane e conteúdo da embalagem
O Abraxane é um pó branco a amarelo para a suspensão para a infusão, disponível em frascos de
vidro, contendo 100 mg de paclitaxel.
Titular da Autorização de Introdução no Mercado:
Abraxis BioScience Limited
West Forest Gate
Wellington Road
Wokingham
Berkshire
RG40 2AQ
Reino Unido
Fabricante
Catalent UK Packaging Ltd
Lancaster Way
Wingates Industrial Park
Westhoughton
BL5 3XX
Reino Unido
Este folheto foi aprovado pela última vez em {MM/AAAA}
25
————————————————————————————————————————-
A informação que se segue destina-se apenas aos médicos e aos profissionais de saúde:
Instruções de utilização, manuseamento e eliminação
Precauções de preparação e administração
O paclitaxel é um produto anticanceroso citotóxico e, como acontece com outros compostos
potencialmente citotóxicos, deve ter-se cuidado a manusear o Abraxane. Devem ser usadas luvas,
óculos protectores e roupa de protecção. Caso a suspensão de Abraxane entre em contacto com a pele,
lavar imediata e cuidadosamente com água e sabão. Caso o Abraxane entre em contacto com as
mucosas, estas devem ser enxaguadas cuidadosamente com água. O Abraxane deve ser preparado e
administrado exclusivamente por pessoal com formação apropriada no manuseamento de agentes
citotóxicos. As funcionárias grávidas não devem manusear o Abraxane.
Reconstituição do produto e administração
O Abraxane deve ser administrado sob a supervisão de um oncologista qualificado, em unidades
especializadas na administração de agentes citotóxicos.
O Abraxane apresenta-se sob a forma de pó liofilizado esterilizado para reconstituição antes da
utilização. Após a reconstituição, cada ml de suspensão contém 5 mg de paclitaxel.
Utilizando uma seringa esterilizada, injectar lentamente 20 ml de solução de cloreto de sódio a
9 mg/ml (0,9%) para perfusão num frasco para injectáveis do Abraxane durante pelo menos um
minuto. A solução deve ser dirigida para a superfície interna do frasco para injectáveis. A solução não
deve ser injectada directamente sobre o pó, dado que tal resultará na formação de espuma.
Assim que a adição estiver completa, o frasco para injectáveis deve deixar-se em posição vertical por
um mínimo de cinco minutos para garantir a humidificação adequada do sólido. Depois, rodar
suavemente e/ou inverter o frasco para injectáveis lentamente durante pelo menos dois minutos até à
ressuspensão completa de todo o pó. Deve evitar-se a formação de espuma. Caso ocorra a formação de
espuma ou aglomerados, deixar a solução em posição vertical durante pelo menos quinze minutos, até
que a espuma desapareça.
A suspensão reconstituída deve ter um aspecto leitoso e homogéneo, sem precipitados visíveis. Caso
sejam visíveis precipitados ou assentamento, o frasco deve ser suavemente invertido uma vez mais
para garantir a ressuspensão completa antes da utilização. Poderá ocorrer algum assentamento da
suspensão reconstituída. Deve assegurar-se uma resuspensão completa através da agitação suave do
frasco antes da utilização.
Caso se verifiquem precipitados, a suspensão reconstituída deve ser deitada fora.
Calcular o volume exacto total para administração da suspensão de 5 mg/ml necessária para o doente e
injectar a quantidade apropriada do Abraxane reconstituído num saco de tipo IV vazio, esterilizado,
em policloreto de vinilo (PVC). Não é necessário o uso de recipientes especializados para a solução ou
de conjuntos de administração isentos de DEHP para a preparação ou administração de perfusões do
Abraxane. Não devem utilizar-se filtros incorporados.
Os medicamentos de administração parentérica devem ser inspeccionados visualmente para verificar a
existência de matéria particulada e descoloração antes da administração sempre que a solução e o
recipiente o permitam.
Os produtos não utilizados ou material residual devem ser eliminados de acordo com os requisitos
locais.
26
Estabilidade
Antes da abertura, os frascos do Abraxane são estáveis até à data indicada na embalagem, quando
conservados na embalagem original, de modo a proteger da luz. Nem a congelação nem a refrigeração
afectam adversamente a estabilidade do produto.
Estabilidade da suspensão reconstituída no frasco
Após a primeira reconstituição, a suspensão deve ser colocada imediatamente num saco de perfusão.
Contudo, a estabilidade química e física durante a utilização foi demonstrada durante oito horas a
2°C – 8°C, na embalagem original e protegida pela luz solar intensa.
Estabilidade da suspensão reconstituída no saco de perfusão
Após a reconstituição, a suspensão reconstituída no saco de perfusão deve ser imediatamente utilizada.
Contudo, a estabilidade química e física foi demonstrada durante oito horas, a uma temperatura
inferior a 25°C.

Informação adicional

Peso 1 kg

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