Descrição
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO
Princípio ativo: 22,20 mg de hemifumarato de cobimetinibe (equivalente a 20 mg de cobimetinibe)
Excipientes: celulose microcristalina, lactose monoidratada, croscarmelose sódica, estearato de magnésio, álcool
polivinílico, dióxido de titânio, macrogol, talco, água purificada.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
1. INDICAÇÕES
Cotellic™, em combinação com vemurafenibe, é indicado para o tratamento de pacientes com melanoma positivo
para mutações BRAF V600 irressecável ou metastático.
2. RESULTADOS DE EFICÁCIA
Estudo GO281411
O estudo GO28141 é um estudo Fase III, multicêntrico, randomizado, duplo-cego e controlado com placebo para
avaliar a segurança e a eficácia de Cotellic™ em combinação com vemurafenibe, quando comparado com
vemurafenibe mais placebo, em pacientes previamente não tratados com melanoma positivo para mutação BRAF
V600 localmente avançado irressecável (estágio IIIc) ou metastático (estágio IV). Esse estudo não incluiu pacientes
que progrediram após tratamento com um inibidor BRAF ou MEK.
As características basais incluíram: 58% dos pacientes eram do sexo masculino, a mediana da idade foi de 55 anos
(intervalo de 23 a 88 anos), 60% apresentavam melanoma metastático estágio M1c, e a proporção de pacientes com
lactato desidrogenase (LDH) elevada foi de 46,3% no braço com Cotellic™ mais vemurafenibe e 43,0% no braço
com placebo mais vemurafenibe.
Depois da confirmação de uma mutação BRAF V600 usando o teste de mutação cobas®
4800 BRAF V600, 495
pacientes com melanoma localmente avançado irressecável ou metastático foram randomizados para receber:
• placebo, uma vez por dia, nos dias 1 – 21 de cada ciclo de tratamento de 28 dias, e 960 mg de vemurafenibe,
duas vezes por dia, nos dias 1 – 28; ou
• Cotellic™, 60 mg, uma vez por dia, nos dias 1 – 21 de cada ciclo de tratamento de 28 dias, e 960 mg de
vemurafenibe, duas vezes por dia, nos dias 1 – 28.
A sobrevida livre de progressão (SLP) avaliada pelo investigador (Inv) foi o desfecho primário. Desfechos
secundários de eficácia incluíram sobrevida global (SG), taxa de resposta objetiva, duração da resposta e SLP,
avaliados por um comitê independente de revisão (CIR).
Os resultados de eficácia estão resumidos na tabela a seguir.
Tabela 1: Resultados de eficácia do estudo GO28141
Cotellic™ + vemurafenibe
N = 247
Placebo + vemurafenibe
N = 248
Desfecho primário
SLP (Inv)a
Mediana (estimativa KM – meses)
IC 95%
9,9
(9,0; NE)
6,2
(5,6; 7,4)
Razão de risco (IC 95%) 0,51 (0,39; 0,68)
(valor de p < 0,0001)
Desfechos-chave secundários
SLP (CIR)b, c
Mediana (estimativa KM - meses)
IC 95%
11,3
(8,5; NE)
6,0
(5,6; 7,5)
Razão de risco (IC 95%) 0,60 (0,45; 0,79)
(valor de p = 0,0003)
SG
Razão de risco (IC 95%)c
0,65 (0,42; 1,00)
(valor de p = 0,0463e
)
Sobrevida global (SG) aos
9 meses
(estimativa KM) %
81,1 (74,7; 87,5) 72,5 (65,2; 79,8)
Taxa de resposta objetivaa
167 (67,6%) 111 (44,8%)
IC 95% para taxa de resposta
objetivad (61,4%; 73,4%) (38,5%; 51,2%)
Diferença em taxa de resposta
objetiva% (95% CIf
)
22,85 (14,13; 31,58)
(valor de p < 0,0001)
Melhor resposta global
Resposta completa 25 (10,1%) 11 (4,4%)
Resposta parcial 142 (57,5%) 100 (40,3%)
Doença estável 49 (19,8%) 105 (42,3%)
Duração de resposta
Duração mediana de resposta
(meses) NE 7,3
IC 95% para mediana 9,3; NE 5,8; NE
a
Avaliado e confirmado pelo investigador (Inv) usando RECIST v1.1.
b
Avaliado e confirmado por um comitê independente de revisão (CIR) que utilizou RECIST v1.1.
c
Análise estratificada por região geográfica e classificação de metástases (estágio da doença).
d
Utilizando-se o método de Clopper-Pearson.
e
Não cruzou o limite predeterminado para significância (valor de p < 0,0000037)
f
Usando método Hauck-Anderson.
NE = não passível de avaliação.
Figura 1: Curvas de Kaplan-Meier de sobrevida livre de progressão (Inv) – População com intenção de
tratamento
Figura 2: Curvas de Kaplan-Meier de sobrevida global – População com intenção de tratamento
Figura 3: Plotagem de Forest para razões de risco da análise de subgrupo de sobrevida livre de progressão –
População com intenção de tratamento
Adicionalmente, a mediana da SLP de 12,3 meses (IC 95% 9,5; 13,4) foi observada no braço Cotellic™ mais
vemurafenibe comparado com 7,2 meses (IC 95% 5,6; 7,5) no braço placebo mais vemurafenibe [razão de risco 0,58
(0,46; 0,72)] em uma análise post hoc. A mediana de acompanhamento de pacientes foi de 14,2 meses.
A situação geral de saúde / qualidade de vida relacionada à saúde, gravidade dos sintomas e interferência funcional
dos sintomas de acordo com relato do paciente foram medidas para cada braço de tratamento por intermédio do
questionário EORTC QLQ-C30. Todos os domínios de função (cognitivo, emocional, social, funcional e físico) e a
maioria dos sintomas (perda de apetite, obstipação, insônia, náuseas e vômitos, dispneia, dor, fadiga) não
demonstraram alteração clinicamente significativa (aumento ou redução > 10 pontos em relação ao valor basal) e
foram similares entre os dois braços de tratamento. Pacientes no braço com Cotellic™ mais vemurafenibe
apresentaram piora significativa de diarreia em relação ao valor basal apenas no dia 15 do ciclo 1 e dia 15 do ciclo 2,
conforme avaliado pelo EORTC QLQ-C30, mas não em momentos subsequentes.
Estudo NO253952
A eficácia de Cotellic™ foi avaliada no estudo Fase Ib, NO25395, que foi desenhado para avaliar segurança,
tolerabilidade, farmacocinética e eficácia de Cotellic™, quando adicionado a vemurafenibe para tratamento de
pacientes com melanoma positivo para mutação BRAF V600 (conforme detecção pelo teste de mutação cobas®
4800
BRAF V600) irressecável ou metastático.
Esse estudo incluiu 129 pacientes tratados com Cotellic™ e vemurafenibe: 63 não receberam tratamento prévio com
inibidor BRAF (BRAFi) e 66 pacientes tinham progredido anteriormente durante terapia prévia com vemurafenibe.
Na população de pacientes sem tratamento prévio com inibidor BRAF (n = 63), 20 pacientes (32%) tinham recebido
terapia sistêmica prévia.
Os resultados da população sem tratamento prévio com BRAFi do estudo NO25395 foram em geral compatíveis com
os do estudo GO28141. Os pacientes sem tratamento prévio com BRAFi (n = 63) atingiram taxa de resposta objetiva
de 87%, incluindo uma resposta completa em 10% dos pacientes. A duração mediana de resposta foi de 12,5 meses.
A mediana de SLP para pacientes sem tratamento prévio com BRAFi foi de 13,7 meses, com um tempo mediano de
acompanhamento de 12,7 meses.
Entre os pacientes que haviam apresentado progressão prévia ao vemurafenibe (n = 66), a taxa de resposta objetiva
foi de 15%. A duração mediana de resposta foi de 6,7 meses. A mediana de SLP para pacientes que tinham
progredido com vemurafenibe foi de 2,8 meses.
Referências bibliográficas
1. Study GO28141 (coBRIM): a multicenter, randomized, double-blind, placebo-controlled, Phase III study
evaluating the safety and efficacy of cobimetinib used in combination with vemurafenib (Zelboraf) as compared to
vemurafenib alone, in patients with BRAF V600 mutation-positive unresectable locally advanced or metastatic
melanoma.
2.Clinical Study Report NO25395 (BRIM 7): Primary Clinical Study Report (NO25395) ̶ A Phase Ib, open label,
dose-escalation study evaluating the safety, tolerability and pharmacokinetics of vemurafenib in combination with
GDC-0973 (cobimetinib) when administered in BRAFV600E mutation–positive patients previously treated (but
without prior exposure to BRAF or MEK inhibitor therapy) or previously untreated for locally advanced /
unresectable or metastatic melanoma or those who have progressed after treatment with vemurafenib. Report No.
1057300, May 2014.
3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
Propriedades farmacodinâmicas
Mecanismo de ação
A via da proteína quinase ativada por mitógeno (MAPK) / quinase regulada por sinal extracelular (MEK) é uma via
de sinalização chave que regula a proliferação celular, regulação do ciclo celular, sobrevida da célula, angiogênese e
migração celular.
Cotellic™ é um inibidor alostérico altamente seletivo disponível por via oral que bloqueia a MEK1/2. Foi
demonstrada elevada potência inibitória em ensaios bioquímicos e de base celular, bem como ampla atividade
antitumoral in vivo em modelos de xenoenxerto de tumor, incluindo aqueles com mutação para BRAF e KRAS.
Em estudos bioquímicos e estruturais, Cotellic™ demonstrou interagir com MEK de forma menos suscetível às
alterações conformacionais dinâmicas observadas com o estado de fosforilação de MEK. Como resultado, Cotellic™
mantém afinidade de ligação e atividade inibitória quando MEK se torna fosforilada. Por causa desse mecanismo de
inibição alostérico distinto, Cotellic™ demonstrou atividade mais potente em linhagens de células cancerosas e
tumores com níveis elevados de MEK fosforilada, como se observa frequentemente em tumores com mutação
BRAF.
Em estudos pré-clínicos, o tratamento de células cancerosas e tumores com desregulação MAPK com Cotellic™
resultou na inibição de fosforilação de ERK1/2, os únicos substratos conhecidos de MEK1/2. A mediação funcional
da via MAPK é dependente da atividade ERK1/2 que fosforila alvos de proteína no citoplasma e no núcleo que
induzem a progressão do ciclo celular, proliferação, sobrevida e migração celulares. Cotellic™, portanto, opõe-se à
atividade pró-mitogênica e oncogênica induzida pela via MAPK por meio da inibição do nó de sinalização MEK 1/2.
Ao atingir simultaneamente BRAF e MEK, a combinação de vemurafenibe e Cotellic™ inibe a reativação da via
MAPK por meio de MEK1/2, o que resulta na inibição mais potente da sinalização, maior apoptose de células
tumorais e melhores respostas tumorais em modelos pré-clínicos, quando se compara com vemurafenibe apenas.
Propriedades farmacocinéticas
As propriedades farmacocinéticas para cobimetinibe foram determinadas em pacientes com câncer e indivíduos
saudáveis em estudos de Fase I.
No protocolo NO25395 (n=129), o tempo até a resposta foi avaliado em pacientes com resposta confirmada.
Avaliações tumorais foram realizadas a cada 6 semanas durante o tratamento no estudo. Entre os 65 pacientes com
resposta confirmada tratados com cobimetinibe em combinação com vemurafenibe, o tempo mediano até a resposta
foi de 1,38 mês (variação: 1,2 a 6,2), consistente com tempo da primeira avaliação tumoral pós-basal.
Absorção
Após administração oral de 60 mg em pacientes com câncer, cobimetinibe apresentou taxa de absorção moderada,
com uma mediana de Tmáx de 2,4 horas. As médias de Cmáx e ASC0-24h, em estado de equilíbrio, foram de 273 ng/mL
e 4.340 ng.h/mL, respectivamente. A média da razão de acúmulo em estado de equilíbrio foi de, aproximadamente,
2,4 vezes.
Cobimetinibe tem farmacocinética linear no intervalo de doses de, aproximadamente, 3,5 mg a 100 mg.
A biodisponibilidade absoluta de cobimetinibe foi de 45,9% (IC 90%: 39,7%; 53,1%) em indivíduos saudáveis. Um
estudo de equilíbrio de massa em humanos foi conduzido em indivíduos saudáveis e mostrou que cobimetinibe foi
extensivamente metabolizado e eliminado nas fezes. A fração absorvida foi de, aproximadamente, 88%, indicando
elevada absorção e metabolismo de primeira passagem.
A farmacocinética do cobimetinibe não se alterou quando foi administrado após alimentação (refeição rica em
gordura), em comparação com jejum em indivíduos saudáveis. Como o alimento não altera a farmacocinética do
cobimetinibe, ele pode ser administrado com ou sem alimentos.
Distribuição
Cobimetinibe é 94,8% ligado a proteínas plasmáticas humanas in vitro. Não se observou ligação preferencial a
eritrócitos humanos (razão de sangue para plasma 0,93).
O volume de distribuição foi de 1.050 L em indivíduos saudáveis que receberam dose intravenosa (IV) de 2 mg. O
volume aparente de distribuição foi de 806 L em pacientes com câncer baseado em análise de farmacocinética
populacional.
Metabolismo
Cobimetinibe e seus metabólitos foram caracterizados em estudo de equilíbrio de massa em indivíduos saudáveis.
Em média, 94% da dose foi recuperada dentro de 17 dias. Cobimetinibe foi extensivamente metabolizado e
eliminado nas fezes. Nenhum metabólito foi predominante isoladamente.
A oxidação por CYP3A e glicoronidação por UGT2B7 parecem ser as principais vias de metabolismo de
cobimetinibe. Cobimetinibe é a porção predominante no plasma. Não se observou nenhum metabólito oxidativo com
mais que 10% da radiatividade circulante total nem metabólitos humanos específicos no plasma. O fármaco
inalterado nas fezes e na urina representou 6,6% e 1,6% da dose administrada, respectivamente, o que indica que
cobimetinibe é primariamente metabolizado com pouca eliminação renal.
Eliminação
Após administração IV de uma dose de 2 mg de cobimetinibe, a depuração plasmática média foi de 10,7 L/h. A
média de depuração aparente após a administração oral de 60 mg em pacientes com câncer foi de 13,8 L/h.
A média da meia-vida de eliminação após administração oral de cobimetinibe foi de 43,6 horas (intervalo: 23,1 a
69,6 horas).
Farmacocinética em populações especiais
Com base em uma análise farmacocinética populacional, gênero, raça, etnia, ECOG basal, comprometimento renal
leve ou moderado não afetou a farmacocinética de cobimetinibe. Idade e peso basais foram identificados como
covariáveis estatisticamente significativas para a depuração e o volume de distribuição de cobimetinibe,
respectivamente. No entanto, a análise de sensibilidade sugere que nenhuma dessas covariáveis tiveram um impacto
clinicamente significativo sobre a exposição em estado de equilíbrio.
Gênero: o gênero não tem efeito na exposição de cobimetinibe com base em análise farmacocinética populacional
que incluiu 210 mulheres e 277 homens.
Idosos: a idade não tem efeito na exposição de cobimetinibe com base em análise farmacocinética populacional, que
inclui 133 pacientes com 65 anos ou mais.
Comprometimento renal: com base em dados pré-clínicos e no estudo de equilíbrio de massa humano, cobimetinibe é
principalmente metabolizado, com eliminação renal mínima. Não foi conduzido nenhum estudo formal de
farmacocinética em pacientes com insuficiência renal.
Uma análise farmacocinética populacional que utilizou dados de 151 pacientes com insuficiência renal leve
(depuração de creatinina de 60 a menos do que 90 mL/min), 48 pacientes com insuficiência renal moderada
(depuração de creatinina de 30 a menos do que 60 mL/min) e 286 pacientes com função renal normal (depuração de
creatinina maior ou igual a 90 mL/min) mostrou que a depuração de creatinina não tem influência significativa na
exposição de cobimetinibe.
A insuficiência renal leve a moderada não influencia a exposição de cobimetinibe com base na análise de
farmacocinética populacional. A potencial necessidade de um ajuste de dose em pacientes com insuficiência renal
grave não pode ser determinada por causa dos dados limitados.
Insuficiência hepática: não foram conduzidos estudos farmacocinéticos de Cotellic™ em pacientes com insuficiência
hepática.
Segurança pré-clínica
Carcinogenicidade
Não foram conduzidos estudos de carcinogenicidade com Cotellic™.
Mutagenicidade
Estudos padrão de genotoxicidade com cobimetinibe foram todos negativos.
Comprometimento da fertilidade
Não foram realizados estudos em animais dedicados à fertilidade com Cotellic™.
Nos estudos de toxicologia, foram observadas alterações degenerativas em tecidos reprodutivos, que incluem
aumento de apoptose / necrose de corpo lúteo e vesícula seminal, epidídimo e células do epitélio vaginal em ratos e
células epiteliais do epidídimo em cães. O efeito de cobimetinibe sobre a fertilidade humana é desconhecido.
Teratogenicidade
Quando administrado a ratas prenhes cobimetinibe causou embrioletalidade e malformações fetais dos grandes vasos
e do crânio, em exposições sistêmicas aproximadamente 0,9 a 1,4 vez a exposição ASC plasmática clínica humana.
Outros
Prolongamento QT
Não foi observado nenhum efeito clínico aditivo na prolongação do intervalo QT quando os pacientes são tratados
com Cotellic™ em combinação com vemurafenibe. In vitro, cobimetinibe resultou na inibição moderada do canal de
íons hERG (IC50 = 0,5 µM [266 ng/mL]), o que é, aproximadamente, 18 vezes maior que as concentrações
plasmáticas máximas (Cmáx) na dose de 60 mg (Cmáx não ligado = 14 ng/mL [0,03 µM]).
Avaliação de toxicidade geral
Estudos de toxicidade em ratos e cães identificaram alterações degenerativas geralmente reversíveis em medula
óssea, trato gastrintestinal, pele, timo, glândula adrenal, fígado, baço, nódulos linfáticos, rins, coração, ovário e
vagina em exposição plasmática abaixo dos níveis de eficácia clínica.
Estudos não clínicos não revelaram nenhum outro risco especial para humanos, com base em estudos convencionais
de farmacologia de segurança e genotoxicidade.
4. CONTRAINDICAÇÕES
Cotellic™ é contraindicado a pacientes com hipersensibilidade conhecida a cobimetinibe ou a qualquer dos
excipientes contidos no comprimido revestido.
5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES
Gerais
Consulte também as informações descritas na bula de vemurafenibe, que é usado em combinação com Cotellic™.
Antes de iniciar o tratamento com Cotellic™ em combinação com vemurafenibe, pacientes precisam ter seu estado
tumoral de melanoma positivo para mutação BRAF V600 confirmado por teste validado.
Há dados limitados em pacientes utilizando Cotellic™ em combinação com vemurafenibe que progrediram após
tratamento anterior com inibidor BRAF. Esses dados mostram que a eficácia da combinação será menor nesses
pacientes (vide item “Resultados de eficácia”, subitem “Estudo NO25395”). Cotellic™ deve ser utilizado com
cautela nessa população, considerando o risco-benefício do tratamento e doença.
Não foi avaliada a eficácia e segurança de Cotellic™ em combinação com vemurafenibe em pacientes com
melanoma positivo para mutações BRAF V600 que apresentem metástase cerebral.
Hemorragia
Hemorragia, incluindo grandes hemorragias definidas como sangramento sintomático em uma área ou órgão crítico,
pode ocorrer com Cotellic™ (vide item “Reações Adversas”).
Deve ser utilizado com cautela em pacientes com fatores de risco adicionais para hemorragia, como metástases
cerebrais, e/ou em pacientes que usam medicações concomitantes que aumentam o risco de hemorragia (incluindo
antiagregantes plaquetários ou terapias anticoagulantes).
Retinopatia serosa
Retinopatia serosa (acúmulo de líquido entre as camadas da retina) foi observada em pacientes tratados com
inibidores MEK, inclusive Cotellic™ (vide item “Reações adversas”). A maioria dos eventos foi reportada como
coriorretinopatia ou descolamento de retina.
A mediana do tempo até o início dos eventos de retinopatia serosa foi de 1 mês (intervalo de 0 a 9 meses). A maioria
dos eventos observados em estudos clínicos foi resolvida ou melhorada até o grau 1 assintomático após a interrupção
ou redução da dose.
Para pacientes que relatam distúrbios visuais novos ou piora dos existentes recomenda-se uma avaliação
oftalmológica. Caso a retinopatia serosa seja diagnosticada, o tratamento com Cotellic™ deve ser suspenso até que
os sintomas visuais melhorem para grau < 1. A retinopatia serosa pode ser manejada, optando-se por interrupção do
tratamento, redução da dose ou descontinuação do tratamento (vide item ”Posologia e modo de usar”, Tabela 2).
Disfunção ventricular esquerda
Foi relatada redução na fração de ejeção ventricular esquerda (FEVE) em relação ao valor basal em pacientes
recebendo Cotellic™ (vide item “Reações adversas”). O tempo mediano para o início dos eventos foi de 4 meses (1
– 13 meses).
A FEVE deve ser avaliada antes do início do tratamento para estabelecer valores basais e, depois, após o primeiro
mês de tratamento e, pelo menos, a cada 3 meses ou quando indicado clinicamente até a descontinuação do
tratamento. A redução de FEVE em relação ao valor basal pode ser manejada com a interrupção de tratamento,
redução da dose ou descontinuação do tratamento (vide item “Posologia e modo de usar”, subitem “Disfunção
ventricular esquerda”).
Todos os pacientes que reiniciarem o tratamento com uma redução da dose de Cotellic™ devem fazer medidas de
FEVE após, aproximadamente, 2 semanas, 4 semanas, 10 semanas, 16 semanas e depois de acordo com indicação
clínica.
Pacientes com uma FEVE basal abaixo do limite inferior de normalidade (LIN) institucional ou abaixo de 50% não
foram estudados.
Anormalidades laboratoriais hepáticas
Anormalidades laboratoriais hepáticas podem ocorrer quando Cotellic™ é administrado em combinação com
vemurafenibe e quando vemurafenibe é administrado sozinho (por favor, consulte as informações descritas na bula
de vemurafenibe).
Foram observadas anormalidades laboratoriais hepáticas em pacientes utilizando Cotellic™ em combinação com
vemurafenibe, especificamente aumento de alanina aminotransferase (ALT), aspartato aminotransferase (AST) e
fosfatase alcalina (ALP) (vide item “Reações adversas – Alterações laboratoriais”).
Monitore os valores hepáticos anormais através de testes de laboratório para função hepática antes de iniciar o
tratamento em combinação e mensalmente durante o tratamento ou mais frequentemente, se clinicamente indicado.
Gerencie anormalidades laboratoriais hepáticas grau 3 com interrupção de tratamento ou redução de dose de
vemurafenibe. Gerencie anormalidades laboratoriais hepáticas grau 4 com interrupção de dose, redução ou
descontinuação de tratamento com Cotellic™ e vemurafenibe (vide item “Posologia e modo de usar -
Recomendações para modificação de dose”).
Rabdomiólise e elevações de creatina fosfoquinase (CPK)
Rabdomiólise tem sido relatada em pacientes recebendo Cotellic™ (vide item “Reações Adversas”).
Interrompa tratamento com Cotellic™ se rabdomiólise for diagnosticada, e monitore os níveis de CPK e outros
sintomas até a melhora. Dependendo da gravidade da rabdomiólise, pode ser necessária uma redução de dose ou a
descontinuação do tratamento.
Elevações de CPK grau 3 e 4, incluindo elevações assintomáticas acima da linha de base, também ocorreram em
pacientes que receberam Cotellic™ com Zelboraf®
em ensaios clínicos (vide item “Reações Adversas”). O tempo
mediano para a primeira ocorrência de elevações de CPK graus 3 ou 4, foi de 16 dias (intervalo: 11 dias a 10 meses);
o tempo mediano para resolução completa foi de 16 dias (intervalo: 2 dias a 15 meses).
Os níveis séricos de CPK e de creatinina devem ser medidos antes do início do tratamento, para estabelecer valores
de referência basais, e depois monitorados mensalmente durante o tratamento, ou como clinicamente indicado. Se o
nível sérico de CPK estiver elevado, verifique se há sinais e sintomas de rabdomiólise ou outras causas. Dependendo
da gravidade dos sintomas ou da elevação de CPK a interrupção do tratamento, redução da dose ou a descontinuação
do tratamento pode ser necessária.
Abuso e dependência ao fármaco
Não há dados a serem reportados.
Capacidade para dirigir veículos e operar máquinas
Não foram realizados estudos sobre os efeitos na capacidade de dirigir veículos ou operar máquinas.
Foram relatados distúrbios visuais em alguns pacientes tratados com Cotellic™ durante estudos clínicos (vide item
“Advertências e precauções – Retinopatia serosa” e item “Reações adversas”). Os pacientes devem ser orientados a
não dirigir veículos ou operar máquinas sem antes consultar o médico se a sua visão estiver comprometida.
Exames laboratoriais
Vide item “Reações adversas”.
Até o momento, não há informações de que Cotellic™ possa causar doping.
Uso em populações especiais
Gravidez
Não é recomendável usar Cotellic™ durante a gravidez.
Não existem dados relativos ao uso de Cotellic™ em gestantes. Quando administrado a ratas prenhes, cobimetinibe
provocou embrioletalidade e malformações fetais de grandes vasos e crânio em exposições clinicamente relevantes
(vide item “Características farmacológicas – Teratogenicidade”).
Use duas formas eficazes de contracepção durante o tratamento com Cotellic™ e até, pelo menos, três meses após a
descontinuação do tratamento.
Parto e trabalho de parto
Não foi estabelecido o uso seguro de Cotellic™ durante o trabalho de parto e o parto.
Amamentação
Não se sabe se Cotellic™ é excretado no leite materno humano. Um risco para neonatos / lactentes não pode ser
excluído. Deve-se optar por recomendar o aleitamento materno ou administrar o medicamento, levando em
consideração a importância do medicamento para a mãe.
Categoria de risco na gravidez: C. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem
orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Uso pediátrico
A segurança e a eficácia de Cotellic™ em crianças e adolescentes (< 18 anos) ainda não foram estabelecidas.
Uso geriátrico
A idade não tem efeito na exposição de Cotellic™ (vide item “Características farmacológicas – Farmacocinética em
populações especiais”).
Gênero
O gênero não tem efeito na exposição de Cotellic™ (vide item “Características farmacológicas – Farmacocinética
em populações especiais”).
Insuficiência renal
Não se recomenda o ajuste da dose a pacientes com insuficiência renal leve ou moderada, com base em análise
farmacocinética populacional. A segurança e a eficácia de Cotellic™ não foram estabelecidas em pacientes com
insuficiência renal grave (vide item “Características farmacológicas – Farmacocinética em populações especiais”).
Insuficiência hepática
A segurança e a eficácia de Cotellic™ em pacientes com insuficiência hepática não foram estudadas (vide item
“Características farmacológicas – Farmacocinética em populações especiais”).
6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
Efeitos de medicações concomitantes sobre cobimetinibe
Inibidores / indutores da CYP3A
Cobimetinibe é metabolizado pela CYP3A, e a ASC de cobimetinibe aumentou, aproximadamente, 7 vezes na
presença de um potente inibidor da CYP3A (itraconazol) em indivíduos saudáveis. Como cobimetinibe é um
substrato sensível da CYP3A, é provável que as exposições de cobimetinibe sejam mais baixas na presença de
indutores de CYP3A. Portanto, a administração concomitante de indutores e inibidores potentes da CYP3A não é
recomendada. Deve-se ter cautela quando cobimetinibe for coadministrado com indutores e inibidores moderados da
CYP3A.
Antiácidos
A farmacocinética de cobimetinibe não é alterada pela coadministração de um inibidor de bomba de prótons.
Cobimetinibe foi administrado na presença de rabeprazol (um inibidor de bomba de prótons) em indivíduos
saudáveis para determinar o efeito do aumento do pH gástrico. Portanto, elevações do pH gástrico não afetam a
absorção de cobimetinibe.
Efeitos de cobimetinibe sobre medicações concomitantes
Substratos da CYP
Dados in vitro indicam que cobimetinibe é um inibidor da CYP3A e CYP2D6. Um estudo clínico de interação
medicamentosa em pacientes com câncer mostrou que as concentrações plasmáticas de midazolam (um substrato
sensível da CYP3A) e dextrometorfano (um substrato sensível da CYP2D6) não se alteraram na presença de
cobimetinibe. Portanto, cobimetinibe pode ser coadministrado com medicações que sejam substratos de CYP3A e
CYP2D6.
Outros agentes anticâncer
Vemurafenibe
Não há evidência de nenhuma interação medicamentosa clinicamente significativa entre Cotellic™ e vemurafenibe
em pacientes com melanoma irressecável ou metastático.
Efeitos de transportadores sobre cobimetinibe
Estudos in vitro mostram que cobimetinibe é um substrato de glicoproteína-P (gp-P). Estudos in vitro também
mostram que cobimetinibe não é um substrato da proteína resistente ao câncer de mama (BCRP).
Estudos in vitro mostram que cobimetinibe não é um substrato dos transportadores de captação hepática OATP1B1,
OATP1B3 e OCT1.
Efeitos de cobimetinibe sobre transportadores
Dados in vitro sugerem que cobimetinibe seja um inibidor fraco a moderado da BCRP e um inibidor fraco de
OATP1B1, OATP1B3 e OCT1. A relevância clínica desses achados não foi investigada.
Cobimetinibe não é um inibidor de gp-P, OAT1, OAT3 ou OCT2. Não é esperado que cobimetinibe possa alterar a
metabolização hepática ou excreção renal de drogas que são substratos desses transportadores.
7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO
Armazenamento
Cotellic™ deve ser conservado em temperatura ambiente (entre 15 e 30 ºC).
Prazo de validade
Este medicamento possui prazo de validade de 24 meses a partir da data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Descarte de medicamentos não utilizados e/ou com data de validade vencida
O descarte de medicamentos no meio ambiente deve ser minimizado. Os medicamentos não devem ser descartados
no esgoto, e o descarte em lixo doméstico deve ser evitado. Utilize o sistema de coleta local estabelecido, se
disponível.
Os comprimidos revestidos de Cotellic™ são redondos, de coloração branca, com “COB” gravado em um dos lados.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
8. POSOLOGIA E MODO DE USAR
Geral
A terapia com Cotellic™ deve ser introduzida e supervisionada somente por um profissional da saúde experiente no
tratamento de pacientes com câncer.
Pacientes tratados com Cotellic™ em combinação com vemurafenibe precisam ter seu estado tumoral de melanoma
positivo para mutação BRAF V600 confirmado por teste validado.
Consulte também as informações descritas na bula de vemurafenibe, que é usado em combinação com Cotellic™.
Dose padrão
A dose recomendada de Cotellic™ é de 60 mg (três comprimidos de 20 mg), uma vez ao dia.
Cotellic™ é administrado em ciclos de 28 dias. Cada dose de Cotellic™ é constituída por três comprimidos de
20 mg (que totaliza 60 mg) e deve ser administrada uma vez ao dia durante 21 dias consecutivos (dias 1 a 21 –
período de tratamento), seguidos por uma pausa de 7 dias no tratamento com Cotellic™ (dias 22 a 28 – pausa do
tratamento).
Cada dose de três comprimidos de 20 mg (que totaliza 60 mg) pode ser ingerida com ou sem alimentos (vide item
“Características farmacológicas – Absorção”). Os comprimidos de Cotellic™ devem ser deglutidos inteiros com
água.
Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.
Duração de tratamento
O tratamento com Cotellic™ deve continuar até que o paciente não obtenha mais benefícios ou até o
desenvolvimento de toxicidade inaceitável.
Doses atrasadas ou perdidas
Se uma dose for perdida, pode ser administrada até 12 horas antes da dose seguinte, para manter o esquema de dose
uma vez ao dia.
Vômitos
Em caso de vômitos após a administração de Cotellic™, o paciente não deve tomar uma dose adicional de
Cotellic™ naquele dia, e o tratamento deve ser mantido como prescrito no dia seguinte.
Recomendações para modificação de dose
Geral
A modificação da dose de Cotellic™ deve ser baseada na avaliação do prescritor sobre a segurança ou tolerabilidade
individual do paciente.
Se forem omitidas doses por toxicidade, essas doses não devem ser repostas. Depois de uma redução da dose, não se
deve aumentá-la posteriormente.
A modificação da dose de Cotellic™ é independente da modificação da dose de vemurafenibe. A decisão sobre
reduzir a dose de um ou ambos os medicamentos deve ser baseada em avaliação clínica.
A tabela a seguir fornece orientações sobre modificação da dose de Cotellic™.
Tabela 2: Modificações de dose recomendadas para Cotellic™
Grau (CTC-AE)* Dose recomendada de Cotellic™
Grau 1 ou grau 2 (tolerável) Sem redução de dose
Grau 2 (intolerável) ou graus 3/4
1
o
aparecimento Interrompa o tratamento até grau < 1 e reinicie o tratamento
com 40 mg, uma vez ao dia
2
o
aparecimento Interrompa o tratamento até grau < 1 e reinicie o tratamento
com 20 mg, uma vez ao dia
3
o
aparecimento Considere a descontinuação permanente
* A intensidade de eventos adversos clínicos classificada pelos Critérios de Terminologia Comuns para Eventos
Adversos v4.0 (CTC-AE).
Orientação para modificação de dose para reações adversas ao medicamento especificadas
Disfunção ventricular esquerda
Deve ser considerada a descontinuação permanente do tratamento com Cotellic™ se os sintomas cardíacos forem
atribuídos a Cotellic™ e não houver melhora após interrupção temporária de Cotellic™.
Tabela 3: Modificações de dose recomendadas para Cotellic™ em pacientes com redução da fração de ejeção
ventricular esquerda (FEVE) em relação ao valor basal
Paciente Valor de
FEVE
Modificação de
dose recomendada
para Cotellic™
Valor de FEVE
depois da interrupção
do tratamento
Dose diária
recomendada de
Cotellic™
Assintomático
≥ 50%
(ou 40% –
49% e
redução
absoluta <
Continuar na dose
atual N/A N/A
10% em
relação ao
valor basal)
< 40%
(ou 40% –
49% e
redução
absoluta ≥
10% em
relação ao
valor basal)
Interromper o
tratamento durante
2 semanas
Redução absoluta
< 10% em relação ao
valor basal
1
a
ocorrência: 40 mg
2
a
ocorrência: 20 mg
3
a
ocorrência:
descontinuação
permanente
< 40%
(ou redução absoluta
≥ 10% em relação ao
valor basal)
Descontinuação
permanente
Sintomático Não se aplica
Interrompa o
tratamento durante
4 semanas
Assintomático e
redução absoluta
< 10% em relação ao
valor basal
1
a
ocorrência: 40 mg
2
a
ocorrência: 20 mg
3
a
ocorrência:
descontinuação
permanente
Assintomático e <
40% (ou redução
absoluta ≥ 10% em
relação ao valor basal)
Descontinuação
permanente
Sintomático
independentemente de
FEVE
Descontinuação
permanente
O tratamento com vemurafenibe pode ser mantido quando o tratamento com Cotellic™ for modificado, se
clinicamente indicado.
Elevações de creatina fosfoquinase (CPK)
A administração de Cotellic™ não precisa ser modificada nem interrompida para manejar elevações assintomáticas
de creatina fosfoquinase (vide item “Reações adversas – Alterações laboratoriais”).
Anormalidades laboratoriais hepáticas
Para alterações laboratoriais hepáticas grau ≤ 2, o tratamento com Cotellic™ e vemurafenibe deve continuar com a
dose prescrita.
Grau 3: continuar o tratamento com Cotellic™ com a dose prescrita. A dose de vemurafenibe pode ser reduzida, se
clinicamente indicado. Por favor, consulte as informações descritas na bula de vemurafenibe.
Grau 4:
Interromper os tratamentos com Cotellic™ e vemurafenibe. Se as anormalidades laboratoriais hepáticas melhorarem
para grau ≤ 1 dentro de 4 semanas, reinicie o tratamento com Cotellic™ com uma redução de 20 mg na dose e
vemurafenibe na dose clínica apropriada. Por favor, consulte as informações descritas na bula de vemurafenibe.
Se as anormalidades laboratoriais hepáticas não melhorarem para grau ≤ 1 dentro de 4 semanas ou se houver
recorrência de anormalidades laboratoriais hepáticas grau 4, descontinue os tratamentos com Cotellic™ e
vemurafenibe.
Fotossensibilidade
A fotossensibilidade grau ≤ 2 (tolerável) deve ser manejada com cuidados de suporte.
Fotossensibilidade grau 2 (intolerável) ou grau ≥ 3: Cotellic™ e vemurafenibe devem ser interrompidos até a
resolução para grau ≤ 1. O tratamento pode ser reiniciado sem nenhuma alteração na dose de Cotellic™. A
administração de vemurafenibe deve ser reduzida. Por favor, consulte as informações descritas na bula de
vemurafenibe.
Erupção cutânea
Eventos de erupção cutânea podem ocorrer tanto no tratamento com Cotellic™ quanto com vemurafenibe. A dose de
Cotellic™ e / ou vemurafenibe pode ser interrompida e / ou reduzida conforme indicação clínica.
Além disso, para erupção grau ≤ 2 (tolerável), a erupção deve ser manejada com cuidados de suporte.
Para erupção grau 2 (intolerável) ou grau ≥ 3:
- erupção acneiforme: siga recomendações da tabela de modificação geral da dose (Tabela 2) para Cotellic™. A
administração de vemurafenibe pode ser mantida quando o tratamento com Cotellic™ for modificado, se
clinicamente indicado.
- erupção não acneiforme ou maculopapular: a administração de Cotellic™ pode ser mantida sem modificação, se
clinicamente indicado. A administração de vemurafenibe pode ser temporariamente interrompida ou reduzida. Por
favor, consulte as informações descritas na bula de vemurafenibe.
Instruções especiais para dose
Idosos: não é necessário ajuste de dose de Cotellic™ em pacientes com 65 anos ou mais.
Crianças: a segurança e a eficácia de Cotellic™ em crianças e adolescentes (< 18 anos) ainda não foram
estabelecidas.
Insuficiência renal: não se recomenda nenhum ajuste da dose a pacientes com insuficiência renal leve ou moderada,
com base na análise farmacocinética populacional. A segurança e a eficácia de Cotellic™ não foram estabelecidas
em pacientes com insuficiência renal grave (vide item “Características farmacológicas – Farmacocinética em
Populações Especiais”).
Insuficiência hepática: a segurança e a eficácia de Cotellic™ não foram estudadas em pacientes com insuficiência
hepática (vide item “Características farmacológicas – Farmacocinética em Populações Especiais”).
9. REAÇÕES ADVERSAS
Estudos clínicos
A segurança de Cotellic™ em combinação com vemurafenibe foi avaliada em 247 pacientes com melanoma
avançado e mutação BRAF V600 no estudo GO28141.
O tempo mediano até o início das primeiras reações adversas grau ≥ 3 foi de 0,6 mês no braço com Cotellic™ mais
vemurafenibe versus 0,8 mês no braço com placebo mais vemurafenibe.
A segurança de Cotellic™ em combinação com vemurafenibe foi também avaliada em 129 pacientes com melanoma
avançado e mutação BRAF V600 no estudo NO25395. O perfil de segurança no estudo NO25395 foi compatível
com o observado no estudo GO28141.
A tabela a seguir resume as reações adversas ao medicamento (RAMs) que ocorreram em incidência ≥ 5% (todos os
graus) ou em incidência ≥ 2% (graus 3 – 4) dos pacientes tratados com Cotellic™ em combinação com vemurafenibe
no estudo de Fase III. As seguintes categorias de frequência foram usadas: muito comum (> 1/10), comum (> 1/100 a
≤ 1/10), incomum (> 1/1.000 a ≤ 1/100), rara (> 1/10.000 a ≤ 1/1.000) e muito rara (≤ 1/10.000).
Tabela 4: Reações adversas de todos os graus (incidência > 5% em relação ao braço controle) ou graus 3 – 4
(incidência > 2% em relação ao braço controle)
Estudo Fase III – GO28141 Frequênciaa
(todos os
graus)
Cotellic™ + vemurafenibe
(n = 247)
Placebo +
vemurafenibe
(n = 246)
RAMs Todos os
graus (%)
Graus 3 – 4
(%)
Todos os
graus (%)
Graus 3 –
4
(%)
Distúrbios do sangue e
sistema linfático
Anemia 13 2 8 2 Muito comum
Distúrbios oculares
Coriorretinopatia 13 < 1 < 1 ̶ Muito comum
Visão turva 10 ̶ 2 ̶ Comum
Descolamento de retina 9 2 < 1 ̶ Comum
Estudo Fase III - GO28141 Frequênciaa
(todos os
graus)
Cotellic™ + vemurafenibe
(n = 247)
Placebo +
vemurafenibe
(n = 246)
RAMs Todos os
graus (%)
Graus 3 – 4
(%)
Todos os
graus (%)
Graus 3 –
4
(%)
Distúrbios
gastrintestinais
Diarreia 60 6 31 1 Muito comum
Náuseas 41 1 25 1 Muito comum
Vômitos 24 1 13 1 Muito comum
Distúrbios gerais e
condições de
administração
Febre
Calafrios
28
10
2
-
23
5
̶
-
Muito comum
Comum
Investigações
Redução da fração de
ejeção
9 2 4 1 Comum
Distúrbios do
metabolismo e
nutrição
Desidratação 4 2 1 ̶ Comum
Hiponatremia 5 2 1 < 1 Comum
Neoplasias benignas,
malignas e não
especificadas
Carcinoma basocelular 4 4 2 2 Comum
Distúrbios de pele e
tecido subcutâneo
Fotossensibilidadeb
Erupção maculopapular
Dermatite acneiforme
47
15
14
4
7
2
35
15
9
̶
5
1
Muito comum
Muito comum
Muito comum
Distúrbios vasculares
Hipertensão 15 4 8 2 Muito comum
a
Com base nos eventos adversos de todos os graus do estudo de Fase III GO28141.
b
Dados combinados incluem relatos de reação de fotossensibilidade, queimadura solar, dermatite solar e elastose
actínica.
As seguintes RAMs (todos os graus) foram reportadas com < 5% de incidência maior no braço com Cotellic™ do
que no braço controle no estudo GO28141:
- Distúrbios oculares: diminuição da visão (3% no braço com Cotellic™ mais vemurafenibe versus 0% no braço com
placebo mais vemurafenibe) (vide item “Advertências e precauções, Retinopatia serosa e Capacidade para dirigir
veículos e operar máquinas”).
- Distúrbios do Metabolismo e Nutrição: hiperglicemia (3% no braço com Cotellic™ mais vemurafenibe versus 1%
no braço com placebo mais vemurafenibe) e hipofosfatemia (4% no braço de Cotellic™ mais vemurafenibe versus
1% no braço com placebo mais vemurafenibe).
- Distúrbios respiratórios, torácicos e mediastinais: pneumonite (1% no braço com Cotellic™ mais vemurafenibe
versus <1% no braço com placebo mais vemurafenibe).
- Distúrbios da pele e tecido subcutâneo: erupção (40% no braço com Cotellic™ mais vemurafenibe versus 38% no
braço com placebo mais vemurafenibe).
Informações adicionais sobre reações adversas selecionadas
Hemorragia
Eventos hemorrágicos foram reportados mais frequentemente no braço com Cotellic™ mais vemurafenibe que no
braço com placebo mais vemurafenibe (todos os tipos e graus: 13% versus 7%). Frequências maiores no braço com
Cotellic™ mais vemurafenibe foram observadas para hemorragia cerebral (1% versus 0%), hemorragia do trato
gastrintestinal (4% versus 1%), hemorragia do sistema reprodutivo (2% versus <1%) e hematúria (3% versus 1%).
A maioria dos eventos foi grau 1 ou 2 e não sério (12% dos pacientes no braço com Cotellic™ mais vemurafenibe
versus 7% dos pacientes no braço com placebo mais vemurafenibe). A maioria dos eventos foram resolvidos ou
estavam em resolução sem alteração na dose de Cotellic™. Eventos graus 3 – 4 foram observados em 1% dos
pacientes em cada braço (vide item “Advertências e Precauções”).
Fotossensibilidade
Fotossensibilidade foi observada em maior frequência no braço com Cotellic™ mais vemurafenibe versus placebo
mais vemurafenibe (47% versus 35%). A maioria dos eventos foi grau 1 ou 2, com eventos grau ≥ 3 ocorrendo em
4% dos pacientes no braço com Cotellic™ mais vemurafenibe versus 0% no braço com placebo mais vemurafenibe.
Não houve nenhuma tendência aparente no tempo até o início de eventos grau ≥ 3. Eventos de fotossensibilidade
grau ≥ 3 no braço com Cotellic™ mais vemurafenibe foram tratados com medicação tópica primária em conjunto
com interrupções de dose de Cotellic™ e vemurafenibe (vide item ”Posologia e modo de usar”, Tabela 2).
Não foi observada evidência de fototoxicidade com cobimetinibe em monoterapia.
Carcinoma espinocelular cutâneo, queratoacantoma e hiperqueratose
Foi reportado carcinoma espinocelular cutâneo com frequência menor no braço com Cotellic™ mais vemurafenibe
que no braço com placebo mais vemurafenibe (todos os graus: 3% versus 13%). Queratoacantoma foi reportado com
frequência menor no braço com Cotellic™ mais vemurafenibe que no braço com placebo mais vemurafenibe (todos
os graus: 2% versus 9%). Hiperqueratose foi reportada com menor frequência no braço com Cotellic™ mais
vemurafenibe versus placebo mais vemurafenibe (todos os graus: 11% versus 30%).
Alterações laboratoriais
Tabela 5: Testes laboratoriais hepáticos e outros observados no estudo Fase III GO28141
Teste* Cotellic™ + vemurafenibe
(n = 247)
(%)
Placebo + vemurafenib
(n = 246)
(%)
Todos os graus Graus 3-4 Todos os graus Graus 3-4
Teste de função hepática
ALP aumentada 69 7 55 3
ALT aumentada 67 11 54 5
AST aumentada 71 7 43 2
GGT aumentada 62 20 59 17
Bilirrubina sérica aumentada 33 2 43 1
Outras anormalidades laboratoriais
Creatina fosfoquinase (CPK)
sérica aumentada
70 12 14 <1
*Baseado nos dados laboratoriais reportados
ALP – fosfatase alcalina, ALT – alanina aminotransferase, AST – aspartato aminotransferase, GGT –
gamaglutamiltransferase, CPK – creatina fosfoquinase
Pós-comercialização
Tabela 6: Reações adversas notificadas na pós-comercialização
Classe de sistema orgânico Reações adversas
Distúrbios musculoesqueléticos
e do tecido conjuntivo
Rabdomiólise
Alterações laboratoriais
Não se aplica.
Atenção: este produto é um medicamento novo e, embora as pesquisas tenham indicado eficácia e segurança
aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente, podem ocorrer eventos imprevisíveis ou
desconhecidos. Nesse caso, notifique os eventos adversos pelo sistema Vigilância – NOTIVISA, disponível em
www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
10. SUPERDOSE
Não há nenhuma experiência com superdose em estudos clínicos com humanos. Em caso de suspeita de superdose,
Cotellic™ deve ser suspenso, e medidas de suporte devem ser instituídas. Não existe antídoto específico para
superdose com Cotellic™.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
MS – 1.0100.0662
Farm. Resp.: Tatiana Tsiomis Díaz – CRF-RJ n° 6942
Fabricado na Suíça por F. Hoffmann-La Roche Ltd., Basileia
Embalado por Roche S.p.A., Segrate, Itália
Registrado, importado e distribuído no Brasil por
Produtos Roche Químicos e Farmacêuticos S.A.
Est. dos Bandeirantes, 2020 CEP 22775-109 – Rio de Janeiro – RJ
CNPJ: 33.009.945/0023-39
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